Olá estudantes, professores, pesquisadores e amantes da ciência histórica. Neste blog vocês encontrarão vasto material de minha autoria sobre assuntos relacionados a esta ciência, além de vários links úteis para seu aprendizado. Bem vindos à nossa estranha confraria, que zela para que os feitos dos homens não se perdam nas névoas do tempo. Que a musa Clio nos guie nessa jornada pelo passado. #muitahistoriapracontar
quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
🏫🤔 TIRANDO DÚVIDAS SOBRE A APROVAÇÃO NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE ENSINO DE PERNAMBUCO 📚🏫
terça-feira, 15 de novembro de 2022
🔰 UM RAIO X DA REPÚBLICA BRASILEIRA DE 1889 ATÉ 2022 🔰
CURIOSIDADES SOBRE A REPÚBLICA NO BRASIL - Atualizado
domingo, 6 de novembro de 2022
🖤🛩 ACIDENTES DE AVIÕES QUE MATARAM FAMOSOS NO BRASIL 🛩🖤
terça-feira, 11 de outubro de 2022
🙏🕯️📖 RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE NA IDADE MÉDIA 📖 🕯️🙏
📖✍️ Por José Ricardo de Souza*
A questão da fé é um dos temas mais empolgantes do período medieval, haja visto a importância do poder do clero católico na organização das relações sociais que se desenvolveram nessa época.
O contexto de insegurança, provocada pelas guerras contra os bárbaros e disputas entre os nobres, incitava o medo generalizado no povo, que sem formação intelectual (em sua maioria, analfabetos) para analisar os acontecimentos, atribuía-os a Deus, como um sinal do final dos tempos. Além das guerras, fenômenos naturais (enchentes, vulcões, terremotos), pestes e fome eram interpretados como um castigo divino.
É claro que a Igreja Católica soube aproveitar-se disso para fortificar suas posições na ordem reinante, e pôs-se como a única e verdadeira mediadora entre Deus e os homens. Em seus ensinamentos, pregava o sofrimento, a abnegação, a caridade, a pobreza e o conformismo como caminhos para atingir-se o Reino de Deus.
Contraditoriamente, pouco a pouco a Igreja Católica aumentou o seu poder, não só do ponto de vista espiritual, como também temporal. Sob sua hegemonia, sagravam-se reis e cobravam-se impostos (dízimo). O patrimônio da Igreja Católica crescia, a ponto de dominar um terço das terras cultiváveis da Europa.
Aliada aos poderosos, a Igreja, através de sua ideologia conformista, canalizava as tensões sociais, impedindo que servos e vilões explodissem sua revolta contra a dominação dos senhores feudais. Aceitar passivamente a vida miserável era um dos pré-requisitos para os pobres chegarem aos céus.
É claro que nem todos concordavam com as armações do clero e contestavam abertamente a Igreja. Taxados como hereges, esses grupos foram perseguidos pelo Tribunal do Santo Ofício (Inquisição). Além de combater as heresias, a Inquisição servia como braço político de algumas monarquias católicas, a exemplo da Espanha e Portugal. Após interrogatório, que incluía a tortura, muitos eram condenados à morte na fogueira, e queimados vivos nos chamados autos-de-fé, como por exemplo, Giordano Bruno e Joana D'Arc.
A Inquisição não perseguia apenas os hereges, entre suas vítimas também figuram judeus, ciganos, homossexuais, prostitutas e todos aqueles que não se enquadrassem nos moldes católicos.
O Homem Medieval não tinha apenas uma religião, mas era profundamente religioso. Além dos ensinamentos da Igreja, acreditava também nas superstições, na magia, e no misticismo de uma maneira geral, herança dos cultos pagãos dos romanos e dos povos bárbaros.
📝 O autor é historiador, professor da rede pública estadual, membro da Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista, criador do projeto Muita História pra Contar. ⏳❤️⌛
quarta-feira, 21 de setembro de 2022
🙋👀 O OUTRO LADO DAS PESSOAS DIFERENTES 👩👂
📖✍️ Por José Ricardo de Souza*
Podemos aprender muitas lições interessantes com os super-heróis dos gibis. O Super-Homem, por exemplo, apesar de seus superpoderes, ele tinha um ponto fraco: a criptonita, um mineral capaz de tirar-lhes as forças. A idéia de que o homem mais poderoso do mundo dos quadrinhos possa ser derrotado por uma simples pedrinha traz uma idéia, no mínimo, filosófica; a de que todos nós somos limitados por alguma coisa ou por alguma característica, o que não nos impede, no entanto, de ter um papel de destaque na sociedade (como no exemplo do Super-Homem). A forma como a nossa sociedade se organizou criou uma série de preconceitos justamente contra as pessoas diferentes (não utilizo a terminologia "deficiente", por considerá-la pejorativa e desvinculada da realidade), que são vistas como pessoas incapazes para estudar, trabalhar, enfim, terem uma vida normal, dentro dos padrões estabelecidos pela sociedade. Sendo assim, faltam oportunidades e espaços para quem não vê, não fala, não anda, não ouve ou não consegue organizar a razão. Estes grupos ficaram relegados à exclusão social, considerados como indivíduos de terceira ou quarta categoria, sem nenhuma importância ou serventia para um modelo de sociedade calcado na visão narcisista do culto ao belo, diga-se ao corpo belo, cujo referencial de beleza é imposto pela mídia eletrônica, principalmente a televisão. Privilegia-se assim a estrutura física, e portanto visível do corpo, negligenciando-se todo um potencial cognitivo, que possa estar nele inserido. Assim, um cego ou um paralítico podem ser mais competentes do que uma pessoa "normal" mas ninguém lhes dá a merecida oportunidade ou o reconhecimento do seu valor, enquanto pessoa capaz de trabalhar, e participar da vida coletiva de sua sociedade.
Infelizmente, a nossa sociedade ainda está muito presa às aparências, se esquecendo da essência que está contida no ser das pessoas. Através dela, podemos saber quem você é, e não o que você parece ser. Portanto, de que adianta um corpo bonito, se você não sabe o que fazer com ele ? Ainda mais, sabendo-se que toda e qualquer beleza física é efêmera e passageira, vai-se com o passar do tempo, enquanto que a sua maneira de ser é um atributo que ficará por toda a sua existência. A questão de ser "diferente" das demais pessoas não define em nenhum aspecto sua personalidade, muito menos seu caráter. A noção de incapacidade que é imposta aos "diferentes" nada mais é, do que um pretexto para justificar a discriminação e o preconceito que lhes são delegados. Uma forma de legitimar a injustiça que se pratica contra as minorias "diferentes", enquanto uma maioria detém as melhores oportunidades e as colocações mais privilegiadas da sociedade. Fica, para estas minorias uma visão assistencialista e paternalista, associados com o mais puro pieguismo barato, que trata o "diferente" como um "coitadinho", incapaz de ganhar seu próprio sustento, e que por isso precisa mendigar uma pensão ou assistência do Estado. É assim que o governo e a sociedade pensam e tratam a questão do "diferente".
A prática, porém, demonstra outra realidade. Quando se dá ao "diferente" a oportunidade necessária para expor seu potencial, fica claro que o "diferente" pode, e deve, ser integrado ao mercado de trabalho, aos bancos da escola, à sociedade enfim, como pessoas capazes de terem o seu próprio sustento (para acabar com essa visão assistencialista do "coitadinho"), de manifestarem uma opinião própria, de se organizarem em associações, enfim de conquistarem seus direitos, enfim de exercerem sua cidadania. E esta começa com o reconhecimento, por parte da sociedade civil organizada, das lutas das minorias "diferentes" por oportunidades de trabalho e estudo, e por um projeto de governo que vise adaptar a sociedade para atender às necessidades dos "diferentes", como por exemplo, rampas em ruas e avenidas, e letreiros em braile nas paradas de ônibus. Com medidas aparentemente simples, a vida de centenas de pessoas podem melhorar sensivelmente, basta apenas um mínimo de vontade política dos governantes, mas aí é que reside o problema.
Em países desenvolvidos, pessoas portadoras de deficiências são vistas como seres normais, estudam, trabalham, possuem um bom padrão de renda, e são respeitadas pela sociedade. No Brasil, o "diferente" é exposto ao ridículo, muitas vezes tido como alvo de chacota por pessoas inescrupulosas, é excluído dos melhores empregos (tem muita gente que prefere colocar um mulherão na empresa a uma pessoa "diferente"), enfim é tido como um verdadeiro pária indiano, uma pessoa que paga por algum pecado, e que portanto merece a condição em que vive. Preconceitos e discriminações a parte, os verdadeiros deficientes (esses sim, deficientes mesmo, sem aspas) são as pessoas que mesmo tendo um corpo ou uma mente perfeita procuram atrapalhar a vida dos outros, não ligam para o estudo ou o trabalho, só querem viver da malandragem, prejudicando outras pessoas. Estes sim, são os verdadeiros DEFICIENTES. Não aqueles que mesmo sem ver, ouvir, andar, falar, escutar, ou pensar, dão sua contribuição para melhorar o mundo, num exercício diário de força, coragem e persistência. As pessoas que se consideram "normais" precisam aprender muito com os "diferentes", talvez eles saibam, melhor do que ninguém, demonstrar onde estão as criptonitas de nosso dia-a-dia, e assim possamos descobrir que ninguém é um super-homem, nem mesmo o super-homem dos quadrinhos. Em tempo: por uma casualidade do destino, o ator Chistoppe Lee, que interpretou o super-homem no cinema ficou tetraplégico depois de cair de um cavalo.
sábado, 17 de setembro de 2022
🏠⏳🏠 HISTÓRIA DE MARANGUAPE I 🏠⌛🏠
quarta-feira, 7 de setembro de 2022
🗡️🇧🇷 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A "INDEPENDÊNCIA DO BRASIL" - II 🇧🇷🗡️
🗡️🇧🇷 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A "INDEPENDÊNCIA DO BRASIL" 🇧🇷🗡️
sábado, 3 de setembro de 2022
📚 TIRANDO DÚVIDAS❓HISTÓRIA ⌛ Maria Leopoldina Assinou o Decreto de Independência do Brasil?🤔
sábado, 13 de agosto de 2022
🕰️😨 COINCIDÊNCIAS HISTÓRICAS 😨🕰️
domingo, 17 de julho de 2022
🖤😢 A FATÍDICA DATA DE 17 DE JULHO PARA A AVIAÇÃO 😢🖤
segunda-feira, 27 de junho de 2022
❤😢 EMPATIA E SOLIDARIEDADE À KLARA CASTANHO 😢❤
👰♀🎭🎞️ Conheci o talento artístico de KLARA CASTANHO quando ela deu vida à personagem Maria Teodora no filme "1817 - A Revolução Esquecida" dirigido por Tizuka Yamasaki e gravado aqui em Pernambuco em 2017. A interpretação dela, aos 16 anos, como Maria Teodora, a Noiva da Revolução, como cita o escritor Paulo Santos de Oliveira, é impecável. Ela é ao mesmo tempo carismática e revolucionária. Uma mulher à frente de seu tempo, que enfrentou o machismo e o preconceito da época para defender seus ideais ao lado de seu esposo, o comerciante Domingos José Martins. O que nunca imaginei é que fora do glamour das telas a atriz Klara Castanho pudesse ter vivido uma experiência tão dolorosa e cruel e mesmo assim ser exposta por dois jornalistas, uma delas mulher ainda por cima, de forma covarde e torpe. Como sempre, a sociedade criminaliza, julga e condena... a mulher, a vitima, a que sofreu o abuso! E não venham os hipócritas pró-vida usarem isso como exemplo para combater a pauta do aborto legal em casos de estupro. Mesmo ela tendo feito TODOS os procedimentos como manda a legislação vigente, ainda assim os juízes das redes sociais tem a vilania de julgá-la e condená-la. Força Klara Castanho. Que os ideiais de Maria Teodora que você soube interpretar tão bem te inspirem a lutar por uma sociedade onde mulheres sejam respeitadas e não violadas. E que os irresponsáveis que fizeram dessa tragédia pessoal uma forma podre e imunda de ganhar likes e views nos seus canais de youtube sejam execrados e postos onde eles merecem: no limbo do ostracismo do esquecimento.
#somostodosklaracastanho #amulhernuncaeaculpada #abortolegaldireitodamulher
👉 Para assistir ao filme 1817 - A Revolução Esquecida, acesse:
🎥 https://youtu.be/exAmzrVk8VE
🧭 Concepção e elaboração da postagem 📝 José Ricardo 🖋 professor e historiador
⏳#muitahistoriapracontar⌛