segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 13

👊 📰💪 🧓 💪📜 👊

⚖👨‍✈ Após a rendição da Divisão Constitucional da Confederação do Equador em 29 de novembro de 1824 na fazenda do Juiz, Frei Caneca e seus companheiros foram trazidos para o Recife, onde chegaram em 17 de dezembro. A comissão militar presidida por Francisco de Lima e Silva com o objetivo de julgar os envolvidos na Confederação do Equador começou seus trabalhos em 20 de dezembro. Sob Frei Caneca, segundo constam nos autos, pesavam as acusações de "rebelião e disseminação de ideias que poderiam provocar a divisão das províncias e destruir a integridade do império". Em sua defesa, ele alegou que não pegou em armas, não propôs uma "separação do império", e que agiu em favor do próprio D. Pedro I, quando este ainda era um "constitucionalista. A acusação usou e abusou das edições publicadas do Typhis Pernambucano, que acabaram se tornando as principais peças condenatórias contra o frei.

A sentença de Frei Caneca foi estabelecida de imediato e em definitivo. Na véspera do natal de 1824, ele foi condenado pelos crimes de "sedição e rebelião contra o Império" à pena capital, por enforcamento, um método menos nobre de condenação (naquela época os mais ricos eram submetidos ao pelotão de "fuzilamento"). Agostinho Bezerra Cavalcanti e Francisco de Souza Rangel também receberam suas condenações na mesma noite. O major dos pretos, como Agostinho Bezerra ficou conhecido, seria executado em 21 de março de 1825; já Francisco de Souza conseguiu o perdão imperial.

Muitos foram os pedidos de clemência a D. Pedro I para poupar a vida de Frei Caneca, mas sem sucesso. O destino dele já estava selado antes mesmo do julgamento. Na noite que antecedeu sua morte, 12 de janeiro de 1825, Frei Caneca confessou-se pela última vez e recebeu do Frei Carlos de São José e Souza, prior dos Carmelitas, a comunhão e o Sagrado Viático, que prepara a alma para a passagem da vida terrena para a vida eterna. Suas últimas horas foram de serenidade e de reflexão. Aproveitou para escrever cartas para suas afilhadas, na verdade filhas, e poemas, dentre eles o famoso Hymma de Frei Caneca, de onde se lê "Quem passa a vida que eu passo, não deve a morte temer; com a morte não se assusta, quem está sempre a morrer".

Numa manhã de quinta-feira, 13 de janeiro de 1825, por volta das 9:00 h., saem da Casa de Câmara e Cadeia (atual Arquivo Público João Emerenciano) o cortejo militar conduzindo Frei Caneca, que passou pela rua do Imperador, e parou na Igreja do Terço, onde Dom Coelho da Silva Coutinho, Arcebispo do Rio de Janeiro, fez a destituição das vestes sacerdotais de Frei Caneca, uma forma simbólica de tirar dele qualquer aura religiosa e matá-lo como uma pessoa comum.

Após a negação de três carrascos, e de alguns detentos, a pena de morte foi comutada (mudada) para arcabuzamento. Suas últimas palavras foram: "não me deixem padecer por muito tempo". Até hoje se acredita que até Nossa Senhora do Carmo pediu pela vida do frei, aparecendo aos soldados durante a execução, sendo que um deles passou mal e desfaleceu. A morte se deu próximo ao local onde hoje se encontra o busto do Frei Caneca ao lado da Forte das Cinco Pontas. Seu corpo foi levado por dois detentos num caixão de pinho até a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e sepultado em local até hoje desconhecido. Frei Caneca morreu com 45 anos. Deixou três filhas, Carlota, Ana e Joana, e um lema que ecoou para a eternidade: quem bebe da minha caneca sente sede de liberdade! ✨️ 👏👏👏👏👏👏

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domingo, 12 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 12

👊 📰💪 🧓 💪📜 

💣💥 A resistência dos pernambucanos que lutavam na Confederação do Equador estava cada vez mais enfraquecida quando em 11 de setembro de 1824 as tropas comandadas por Francisco de Lima e Silva chegaram ao Engenho Suassuna, após driblar a Ponte dos Carvalhos sobre o Rio Jaboatão – existem especulações de que houve uma sabotagem na guarnição sobre a ponte para facilitar o acesso dos imperiais. A esta altura, a fortaleza das Cinco Pontas já estava sob controle das tropas de Lima e Silva, enquanto que os confederados controlavam a fortaleza do Brum e do Buraco. Manoel de Carvalho Paes de Andrade capitulou, um eufemismo para rendição mesmo, em 12 de setembro de 1824, assinalando assim o fim da Confederação do Equador em Pernambuco.

A Câmara de Olinda se reuniu em 14 de setembro e pediu uma trégua de três dias para reorganizar a província, mas Lima e Silva recusou a proposta. Nem todos acataram a rendição de Paes de Andrade. Ainda havia quem acreditasse na vitória contra o autoritarismo de D. Pedro I. E Frei Caneca era um deles! Ele estava entre os insurgentes que, no dia 16 de setembro, partiram de Olinda para reforçar a luta no Ceará. Eles chegaram em Vicência (PE) e no dia 22 de setembro realizaram uma assembleia no Engenho Poço Comprido. Nascia ali o exército de resistência chamado Divisão Constitucional da Confederação do Equador, sob o comando geral de José Vitoriano Delgado de Borba Cavalcanti.

Ao longo de 71 dias a coluna insurgente com seus 3000 soldados percorreu o interior de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará tentando com lutas e escaramuças manter viva a chama do movimento de 1824. Estes feitos estão registrados num diário de guerra chamado "itinerário que Frei Joaquim do Amor Divino Caneca fez, saindo de Pernambuco a 16 de setembro de 1824, para província do Ceará Grande", que narra os momentos em que Caneca estava ao lado de seus companheiros, dentre eles, João Soares Lisboa, Francisco de Souza e o coronel José Antônio Ferreira. As ações são datadas até o dia 22 de dezembro de 1824.

A épica luta dos confederados estava, entretanto, com os dias contados. Em 29 de novembro de 1824 na Fazenda do Juiz, no sul do Ceará, de propriedade dos monges beneditinos, a Divisão Constitucional da Confederação do Equador foi cercada pelas tropas imperiais e não restou outra saída a não ser a rendição. Na ocasião foram presos, Agostinho Bezerra Cavalcanti (que ficou conhecido como o "Major dos Pretos") e claro, Frei Caneca. A rendição tinha como uma das condições um tratamento clemente por parte do governo imperial, o qual não foi cumprido. Todos os rebeldes sobreviventes foram presos. Dezoito deles, entre os quais Frei Caneca, foram considerados líderes da revolta. 😟😦😧

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sábado, 11 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 11

👊 📰💪 🧓 💪📜 👊

📜🙋🏼‍♂️ Com a leitura de um Manifesto dirigido às províncias do norte em 2 de julho de 1824, coincidentemente um ano após a expulsão dos portugueses da Bahia – até hoje a Independência na Bahia é comemorada no dia dois de julho –, por Manuel de Carvalho Paes de Andrade, presidente da província de Pernambuco eleito em de 8 janeiro de 1824 e confirmado pelo Grande Conselho em 7 de abril de 1824, começou o movimento que entrou para a história com o nome de CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR, de cunho federalista, republicano e constitucionalista. As últimas palavras do manifesto de Paes de Andrade eram um chamado para a luta que viria: "o momento é este, salvemos a honra, a pátria e a liberdade, soltando o grito festivo: Viva a Confederação do Equador!"

Frei Caneca estava de frente no processo revolucionário junto com Paes de Andrade, que convocou para o dia 17 de agosto uma reunião do Grande Conselho em Recife, que não chegou a acontecer. Os ecos rebeldes pernambucanos ressoaram em outras províncias: em 26 de agosto de 1824 o Grande Conselho do Ceará se reuniu em Fortaleza e proclamou uma república com Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, filho de Bárbara Pereira de Alencar, a primeira mulher a ser presa no Brasil por motivação política, consequência de sua ativa participação nos eventos de 1817 no Ceará. Além do Ceará, também aderiram à Confederação do Equador a Paraíba e o Rio Grande do Norte.

A reação da corte imperial sediada no Rio de Janeiro foi precisa e imediata. D. Pedro I mandou para Pernambuco tropas, navios de guerra, comandados por militares brasileiros e mercenários estrangeiros. A força naval partiu do Rio de Janeiro com a nau d. Pedro I, a corveta Carioca, o brigue Maranhão, e os navios Harmonia e Caridade, chegando em Recife em 18 de agosto de 1824. As tropas terrestres do general Francisco Lima e Silva, compostas por 1.200 homens, desembarcaram em Alagoas e subiram para Pernambuco com o reforço dos Jacuípe (indígenas) e de tropas leais a Paes Barreto, o Morgado do Cabo.

O episódio mais tenso e pouco conhecido desta fase da luta entre imperiais e confederados pernambucanos é o bombardeio ao Recife em 28 de agosto de 1824, comandado pelo Almirante escocês Thomas Cochrane, e ordenado por Lima e Silva para forçar a rendição dos pernambucanos. Não sabe ao certo o número de mortos, mas há estimativas de que dez pessoas morreram neste ataque, e mesmo assim, os pernambucanos não baixaram a guarda. Mais uma vez o porto foi bloqueado, deixando a situação ainda mais complicada para os pernambucanos. O recuo das tropas rebeldes para o interior foi a alternativa encontrada para dar um novo fôlego às tropas e milícias que ainda lutavam ao lado de Paes de Andrade e Frei Caneca. 😠👊⚔👊😤

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 10

👊 📰💪 🧓 💪📜 👊

🚢👨‍✈ O clima ficou ainda mais tenso em 31 de março de 1824 com a chegada ao Recife de uma divisão naval composta pelas fragatas Niterói e Piranga. Seu comandante, o militar inglês John Taylor, veio com ordens expressas para garantir a posse de Paes Barreto, inclusive com uso da força militar. Uma nova reunião com o Grande Conselho se deu em 7 de abril de 1824 e os 319 conselheiros escolheram Frei Caneca como secretário dos trabalhos. Adivinhem o resultado? Seguindo o voto de Caneca, os membros do Conselho decidiram referendar (confirmar) a vitória de Paes de Andrade!

A reação de Taylor foi imediata: no mesmo dia ele mandou bloquear o porto, e este bloqueio se estendeu por três longos meses. A medida trouxe prejuízos para a população urbana do Recife, que assistiu assustada a um aumento desenfrado dos preços, principalmente dos alimentos, gerando grave crise no setor econômico da capital da província.

A Câmara de Recife se reuniu em 6 de junho de 1824 para jurar a Constituição outorgada por D. Pedro I em 25 de março de 1824. Frei Caneca discursou contra o poder moderador, a Constituição de 1824 e o bloqueio do porto do Recife. "...É sem questão, que a mesma nação, ou pessoa de sua comissão, é quem deve esboçar a sua constituição, (...); portanto como Sua Majestade não é nação, não tem soberania, nem comissão da nação brasileira para arranjar esboços de constituição e apresentá-los, não vem este projeto de fonte legítima, e por isso se deve rejeitar (...)", declarou ele em seu voto no Grande Conselho, que aprovou o voto de Caneca e não recebeu, nem jurou a Constituição imposta.

Em 22 de junho de 1824, militares do Batalhão dos Homens Pardos, liderados por Emiliano Felipe Benício Munduruku, se rebelaram. Foram contidos por Agostinho Bezerra Cavalcanti Souza, capitão de granadeiros do Batalhão dos Henriques, e que ficaria conhecido como "major dos pretos". A tensão aumentaria ainda mais com o Decreto da suspensão do tráfico negreiro de 3 de julho de 1824. No dia seguinte, Manoel de Carvalho convocou o Grande Conselho no Recife. Estava começando a Confederação do Equador. 😠⚔😤 

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💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 9

👊 📰💪 🧓 💪📜 👊

💣💥 Apesar da coincidência nominal entre PAES DE ANDRADE, o eleito pelos pernambucanos para assumir o governo da província, e PAES BARRETO, o Morgado do Cabo indicado por D. Pedro I para ser o governador, a pretendida PAZ entre os pernambucanos estava ameaçada. O que estava em jogo neste contexto era a autonomia conquistada pelos pernambucanos desde a Junta Governativa de Goiana e a Convenção de Beberibe, ambas de 1821, que deixavam claro que os pernambucanos não se submeteriam aos desejos da corte imperial sediada no Rio de Janeiro.

Frei Caneca desde a eleição de 8 de janeiro de 1824 se posicionou favorável ao grupo que apoiava Paes de Andrade. E continuou denunciando as arbitrariedades de D. Pedro I no Typhis Pernambucano, contando ainda com o reforço de outro jornalista, o baiano Cipriano Barata, que escrevia o jornal Sentinela da Liberdade. Ambos fariam oposição ferrenha tanto a D. Pedro I, quanto a Paes Barreto.

Diante do impasse formado sobre quem deveria governar a província, várias câmaras municipais pernambucanas se reuniram em fevereiro de 1824 e confirmaram a vitória de Manoel de Carvalho Paes de Andrade, alegando que o próprio Francisco Paes Barreto havia renunciado ao cargo no final de 1823.

Inconformado com a decisão, Paes Barreto chegou a pedir para que o governador das Armas José de Barros intercedesse em seu favor, mas este recusou-se, alegando que o problema deveria ser resolvido por civis. Tropas leais a Pais Barreto cercaram o Palácio do Governo e prenderam Paes de Andrade em 20 de março de 1824 na fortaleza do Brum em Recife. A quartelada foi um fracasso, pois tropas e populares de armas em punho conseguiram libertá-lo. 🙋🏼‍♂️⚔🙋‍♂️⚔🙋🏿‍♂️

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 8

👊 📰💪 🧓 💪📜 👊

📜👎 O fechamento da Assembleia Constituinte na madrugada de 12 de novembro de 1823, episódio que entrou para a História com o nome de "Noite da Agonia", matou o sonho de uma Constituição liberal que limitasse o absolutismo dos Braganças. E sob o parto do despotismo, nasceu a primeira Constituição brasileira, feita à portas fechadas por dez pessoas de confiança de D. Pedro I, e outorgada (imposta) em 25 de março de 1824.

Em seus escritos no Typhis Pernambucano, de número XXV de 8 de julho de 1824, Frei Caneca fez algumas reflexões acerca da proclamação da Carta de 1824. Do longo texto, uma frase não passa desapercebida: "Portanto, oh brasileiros, acordai e atendei aos vossos verdadeiros interesses!". Fica claro o descontentamento dele e sua frustração com os rumos que o Império brasileiro estava tomando. Logo ele que era um constitucionalista convicto e que defendia que as províncias fossem autônomas e legitimamente representadas no governo central.

A autonomia provincial pernambucana vai ser mais uma vez posta à prova por D. Pedro I em 1824. Em 8 de janeiro de 1824, há exatos 201 anos completados hoje, os pernambucanos elegeram Manoel de Carvalho Paes de Andrade e Natividade Saldanha, respectivamente, como presidente e secretário da província de Pernambuco, em oposição à nomeação de Francisco Paes Barreto (Morgado do Cabo) pelo imperador Dom Pedro I. Manoel de Carvalho foi o responsável pela proclamação da Confederação das Províncias Unidas do Equador, em 2 de julho de 1824. Frei Caneca seria seu fiel aliado neste movimento constitucionalista-republicano.

A eleição confirmou também o nome do Coronel José de Barros Falcão Lacerda, que havia combatido na épica Batalha do Pirajá (11 de novembro de 1822), para assumir o cargo de Governador das Armas. O que tem em comum Frei Caneca, Paes de Andrade e Barros Falcão? Todos eles participaram dos eventos revolucionários de 1817! 💪⚔👊

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terça-feira, 7 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 7

👊 📰💪 🧓 💪📜 👊

😠⚔😤 A instabilidade política na província de Pernambuco aumentou com a tentativa de golpe feita por Pedro Pedroso em 21 e 28 de fevereiro de 1823 – ele acabou sendo preso e mandado para o Rio de Janeiro –, e com a renúncia da Junta dos Matutos em setembro de 1823.

Enquanto isso Frei Caneca mantinha uma rotina de grande produção literária. Autodidata por princípio e intelectual por formação, foi nessa fase que ele escreveu por exemplo, a famosa "Dissertação sobre o que se deve entender por pátria do cidadão e deveres deste para com a mesma pátria" (1822), inspirada na Filosofia do Direito, sob o enfoque das categorias do pensamento iluminista.

Em 1823, ele redigiu "O Caçador atirando à Arara Pernambucana" e as "Cartas de Pítia a Damão"; mas sem sombra de dúvidas o que marcou a trajetória intelectual dele neste ano foi a publicação da primeira edição do jornal Thypis Pernambucano, que saiu em 25 de dezembro de 1823 e teve 28 edições – a última publicada em 5 de agosto de 1824. A escolha do nome Typhis para o jornal não poderia ter sido mais adequado. Typhis era o nome do piloto da mitológica nau dos argonautas, um grupo de heróis gregos que cruzava os mares para cumprir missões arriscadas.

O Typhis Pernambucano virou um jornal panfletário que criticava com coragem as arbitrariedades praticadas pelo então imperador D. Pedro I, que ficaram ainda mais visíveis quando na madrugada de 12 de novembro de 1823 mandou as tropas imperiais, sob o comando do brigadeiro José Manuel de Morais, cercarem e fecharem a Assembleia Constituinte que preparava a primeira Constituição brasileira, com a prisão inclusive de José Bonifácio de Andrada e Silva, que tinha sido o principal aliado de D. Pedro durante o processo da Independência. 😕🙁☹️

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 6

👊 📰💪 🧓 💪📜 👊

💣💥 Em 21 de setembro de 1821, 2000 homens do exército insurgente da Vila de Goiana estavam aquartelados no Engenho Paulista, após uma marcha que havia começado em 15 de setembro de 1821 rumo ao Recife, capital da província. Eles exigiam a renúncia do governador português general Luís do Rego Barreto, que era protegido pelo Batalhão de Algarve. Houveram conflitos em quatro pontos de Olinda, inclusive na estrada entre o Engenho Fragoso e o bairro de Guadalupe; e em Afogados no Recife. A situação de Rego Barreto estava cada vez mais insustentável.

Os dois grupos que disputavam o poder, a Junta Governativa de Goiana, chefiada por Francisco de Paula Gomes dos Santos, e o Conselho Governativo do Recife, então presidido por Rego Barreto, chegam a um armistício, um acordo para evitar uma guerra civil entre os próprios pernambucanos. No bairro de Beberibe, próximo onde hoje é a Praça da Convenção foi assinado entre as duas partes envolvidas a Convenção de Beberibe em 5 de outubro de 1821, estabelecendo que cada grupo ficaria com a jurisdição na área que dominava, até a realização de uma eleição com o maior número de representantes que escolhesse uma novo governo.

A eleição foi realizada na Sé de Olinda, no dia 26 de outubro de 1821, sendo eleito presidente o comerciante Gervásio Pires Ferreira, que fora revolucionário de 1817, que também tinha ajudado a Junta de Goiana. No mesmo dia Luís do Rego viajou para Lisboa, retornando para Portugal, acompanhado de parte de suas tropas e de protegidos e amigos, compreendendo que sua missão no Brasil estava concluída. Era o fim do Governo português em Pernambuco.

Vamos ao que nos interessa: qual foi a posição de Frei Caneca nesse episódio? Ele apoiou o governo de Gervásio Pires, que o nomeou para a cadeira pública de geometria da vila do Recife. Segundo os próprios escritos do Frei, fica claro que Caneca defendia a autonomia da Junta Governativa Pernambucana, e acreditava que D. Pedro poderia fazer um governo constitucional num regime monárquico. Não por acaso, ele rompe com a Junta Governativa quando esta destituiu Gervásio Pires e colocou em seu lugar um grupo conservador que representava os proprietários de terras do interior, que ficou conhecido como "Junta dos Matutos". 👎🤨

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domingo, 5 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 5

👊 📰💪 🧓 💪📜 👊

🧾🙋‍♂️ O Jornal Aurora Pernambucana – que pertencia a Luís do Rego Barros, governador da então província de Pernambuco – na sua edição de 26 de maio de 1821 noticiou o retorno de 53 presos, vindos da Bahia, condenados por suas ações políticas na Revolução Pernambucana de 1817, que haviam recebido o indulto das Cortes Portuguesas. A anistia não se estendeu aqueles que tivessem cometido os chamados "crimes de sangue", o que explica por exemplo, o porquê Pedro Pedroso, o "Pardo", não estava entre eles.

Os revolucionários de 1817 foram recebidos com festas pela população, houve até uma celebração de ação de graças, um solene Te Deum na Igreja do Carmo; mas nem todos ficaram satisfeitos, a começar por Luís do Rego Barros que chamou o navio que trazia de volta os ex-prisioneiros de "maldito vapor pernambucano".

Frei Caneca estava entre estes 53 ex-condenados que retornaram a Pernambuco após quatro anos nos cárceres de Salvador, período em que ele e os encarcerados que sobraram da insurreição de 1817 fizeram do estudo uma forma de sobreviver aos horrores das prisões. Coube a Caneca ser o professor de Filosofia dos presos. E foi assim que eles estavam sem saber preparando-se para uma nova revolta que aconteceria anos mais tarde, em 1824, e que entraria para a história com o nome de Confederação do Equador.

O cenário político em Pernambuco em 1821 não era dos melhores. A província estava dividida entre adeptos da monarquia, liberais, e republicanos. No poder estava o general português Luís do Rego Barros, o algoz da Revolução de 1817 e odiado pelos pernambucanos, a ponto de ter sofrido um atentado em 20 de julho de 1821 perto da ponte da Boa Vista, quando João de Souto Maior – que ficou conhecido como o "Leão de Tejucupapo – tentou matá-lo a tiros de bacamarte. Na vila de Goiana, egressos de 1817, liderados por Francisco de Paula Gomes dos Santos, formaram uma Junta Governativa em 29 de agosto de 1821, respaldados pelas políticas das Cortes Constitucionais de Lisboa. Pernambuco era um barril de pólvora, prestes a explodir numa guerra civil, que deveria ser a todo custo evitada! 😨💣💥😠

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sábado, 4 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 4

👊 📰💪 🧓 💪📜 

☦️📆 Era 2 de abril de 1817 quando o Deão da Sé Bernardo Luiz Ferreira Portugal, responsável pelo bispado na Capitania, realizou no antigo Campo do Erário, logo depois chamado de Campo da Honra (atual Praça da República) a bêncão das bandeiras que representavam os revolucionários republicanos de 1817. A bandeira fora feita pelo padre e maçom João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro e a cena ficou eternizada na tela "Bênção Solene das Bandeiras" exposta até hoje no Arquivo Público Estadual João Emerenciano na rua do Imperador D. Pedro II, coincidentemente onde Frei Caneca passou sua última noite – o local abrigava a antiga cadeia pública da cidade.

Frei Caneca esteve presente no ato da bênção das bandeiras defendendo um confrade acusado de ser antirrevolucionário. Era sua primeira aparição naquela que seria a única revolta colonial brasileira que conseguiu tomar o poder e manter a independência de uma capitania antes do 7 de setembro e do pretensioso Grito do Ipiranga de D. Pedro. A Revolução Pernambucana de 1817 entrou para a história como a Revolução dos Padres, e Frei Caneca e um deles, ao lado de João Ribeiro, Padre Roma, Frei Miguelinho, Vigário Tenório, etc.

Não há indícios que Caneca tenha participado formalmente do governo provisório instituído pelos revolucionários. Sua participação em 1817 se dá quando é organizado no Cabo de Santo Agostinho um exército para forçar Alagoas e as cidades do sul da capitania à aderirem ao movimento. Ele é escolhido para ser um dos conselheiros desta expedição, chegando ao cargo de capitão de guerrilhas.

O Conde dos Arcos organizou o contra-ataque vindo da Bahia por terra, com o auxílio de tropas navais vindas do Rio de Janeiro enviadas por D. João VI. Cercados e sem reforços, a coluna da qual Caneca fizera parte foi derrotada. Aprisionados, humilhados publicamente, os derrotados foram conduzidos em navios para os porões das prisões em Salvador, Bahia. Tiveram melhor sorte do que Domingos José Martins, Barros Lima, Padre Roma e outros que foram executados a tiros ou enforcados.  😞😓😥😢

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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 3

👊 📰💪 🧓 💪📜 👊

🏛️🤴 Numa época em que as vozes dissidentes eram caladas, e que quem se colocasse contra um rei morreria numa forca ou seria expulso do país (pena de degredo), quando ainda se desenhavam os primeiros princípios do que hoje chamamos de cidadania, era perigoso levantar pautas como liberdade, igualdade, fraternidade (lema da Revolução Francesa de 1789). O lugar mais seguro para debater essas ideias era nas chamadas sociedades secretas, das quais se destaca a Maçonaria, ou melhor, franco-maçonaria, nome que se dá à Maçonaria moderna, que de Londres se expandiu para o mundo, chegando até o Brasil.

Sobre a questão de qual foi a primeira Loja Maçônica a se instalar no país, as respostas são bem divergentes, de acordo com a fonte pesquisada. Basicamente, pelo menos três nomes aparecem em destaque: o Areópago de Itambé que cita sua fundação em 1796 pelo médico paraibano Manuel Arruda da Câmara na cidade homônima no interior de Pernambuco; a Cavaleiros da Luz fundada em Salvador em 1797, cuja primeira reunião teria sido em uma fragata francesa denominada La Preneuse – da qual saíram os conspiradores da Conjuração Baiana de 1898 –; e a Reunião fundada no Rio de Janeiro em 1801.

Frei Caneca foi iniciado na Loja Maçônica Academia de Suassuna e posteriormente filiado à Loja Academia do Paraíso (ambas ainda hoje em funcionamento) da qual se tornou exímio frequentador. Nela reuniam-se homens que lutavam contra o domínio português, influenciados por eventos como a independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução Francesa (1789). Além de Caneca, vários religiosos que participaram dos eventos de 1817, egressos do Seminário de Olinda também eram maçons, como por exemplo, o padre João Ribeiro, autor da bandeira de Pernambuco.

É impossível falar de História Moderna e Contemporânea sem citar os maçons. Afinal, eles estiverem presentes em fatos históricos importantes como a Independência dos Estados Unidos, a Revolução Francesa, no movimento Iluminista, etc. Aqui no Brasil, várias revoltas coloniais foram articuladas e planejadas dentro das chamadas lojas maçônicas, como por exemplos a Conjuração Mineira de 1989, a Conjuração Baiana de 1798 e a Revolução Pernambucana de 1817. O processo de emancipação política do Brasil (a nossa independência) também teve um papel importante da Maçonaria; que também esteve presente na proclamação da República brasileira em 1889.

A irmandade do compasso e esquadro, responsável pelas grandes mudanças na História ocidental nos séculos XVIII e XIX deixou sua contribuição para o destino da nação brasileira, formatando nas suas reuniões secretas o Brasil pós-1822. Atualmente a Maçonaria se define como uma organização discreta, mas com segredos, dos quais apenas os iniciados têm acesso. Praticam a filantropia, a solidariedade mútua e a fraternidade entre os irmãos maçônicos. Estão presentes em todo o território nacional, distribuídos em várias lojas maçônicas. 🤝🏛️

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 2

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👦🍺 Joaquim da Silva Rabello nasceu na antiga vila do Recife, numa casa em Fora de Portas, próximo do demolido Arco do Bom Jesus, Freguesia de São Gonçalo, na rua dos Toneleiros – locais que atualmente não mais existem – em 20 de agosto de 1779, de acordo com dados do processo que ele respondeu por participar ativamente da Confederação do Equador de 1824. Era filho do português Domingos da Silva Rabelo e da pernambucana Francisca Maria Alexandrina de Siqueira. Seu pai era tanoeiro (fabricava vasilhames de flandres), daí viveu uma infância humilde, o que o levou a  vender canecas, quando garoto, nas ruas de Recife.

Desde criança que Joaquim da Silva Rabello já demonstrava grande habilidade para o exercício das letras e com dezessete anos ele ingressou no Convento do Carmo no Recife, tomando o hábito em 8 de outubro de 1796, chegando a ocupar o cargo de provincial devido às suas posições sempre destacadas.

Ordenou-se aos 22 anos, por meio de licença especial concedida pelo cardeal Pacca, núncio Núncio Apostólico de Lisboa , quando adotou o nome de frei Joaquim do Amor Divino Caneca, trocando o Rabelo pelo apelido de seu pai. Estudou filosofia no Seminário de Olinda, berço de ideias liberais e iluministas em Pernambuco. Em 1803 foi designado professor de retórica, poesia, geometria e filosofia.

Nos anos seguintes (até 1809) ocupou cargos importantes na irmandade, como leitor em Retórica e Geometria e definidor e secretário da comissão que recebeu o bispo do Maranhão, Frei Carlos de São José, “visitador” do convento na época. Nesse período, aperfeiçoou seus aprendizados e especializou-se em mecânica e cálculo com um amigo professor no Recife, de nome Antônio Francisco Bastos. Caneca conhecia além do português, o latim, o francês e o inglês, o que facilitou sua imersão nas obras iluministas que proibidamente circulavam naquela época. 📕📘📙

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quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

💪🍺 CANECA DA LIBERDADE 👊🗡 Episódio 1

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👦🍺 Era uma vez um garoto pobre, filho de um tanoeiro, que vendia canecas nas ruas do Recife. Seu nome era Joaquim. O menino pobre queria ser padre, mas sem posses, isso era bastante difícil no Brasil do final do século XVIII. Os carmelitas adotaram e patrocinaram a formação eclesiástica do então jovem Joaquim. O rapaz surpreendia pela inteligência e sagacidade e logo conseguiu concluir seus estudos e se formar sacerdote. Joaquim do Amor Divino Rabelo incluiu a palavra "caneca" em seu nome (lembrança dos tempos de pobreza) e virou FREI CANECA.

Egresso do Seminário de Olinda e iniciado na Maçonaria na Loja Academia de Suassuna, Frei Caneca virou professor, escritor, jornalista e revolucionário. Esteve entre os revolucionários de 1817, mas acabou sendo preso e enviado para a Bahia. Ao ser libertado, em 1821, um ano antes da Independência do Brasil, recomeçou a lutar pela independência republicana. Fundou um jornal, o Typhis Pernambucano, no qual publicava artigos em que criticava a dissolução da Assembleia Constituinte por D. Pedro I, em 1823, e a imposição da Constituição de 1824.

Nos próximos treze dias vamos acompanhar a história do frade, maçom, jornalista, escritor, revolucionário FREI CANECA, que no próximo dia 13 de janeiro completará 200 anos de sua execução ao lado do atual Forte das Cinco Pontas no Recife. A saga épica de Caneca será escrita num formato o mais popular possível, para que todos possam conhecer a sua história nessa "web-série" do projeto Muita História pra Contar. Acompanhe as publicações nos perfis do projeto no Facebook e no Instagram, na comunidade do canal do Youtube, e nos grupos de WhatsApp e do Telegram. A escolha do nome para a série veio da inspiração de uma frases mais conhecidas do frei: "quem bebe da minha CANECA, sente sede de LIBERDADE! 📝💪👊

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