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⚖👨✈ Após a rendição da Divisão Constitucional da Confederação do Equador em 29 de novembro de 1824 na fazenda do Juiz, Frei Caneca e seus companheiros foram trazidos para o Recife, onde chegaram em 17 de dezembro. A comissão militar presidida por Francisco de Lima e Silva com o objetivo de julgar os envolvidos na Confederação do Equador começou seus trabalhos em 20 de dezembro. Sob Frei Caneca, segundo constam nos autos, pesavam as acusações de "rebelião e disseminação de ideias que poderiam provocar a divisão das províncias e destruir a integridade do império". Em sua defesa, ele alegou que não pegou em armas, não propôs uma "separação do império", e que agiu em favor do próprio D. Pedro I, quando este ainda era um "constitucionalista. A acusação usou e abusou das edições publicadas do Typhis Pernambucano, que acabaram se tornando as principais peças condenatórias contra o frei.
A sentença de Frei Caneca foi estabelecida de imediato e em definitivo. Na véspera do natal de 1824, ele foi condenado pelos crimes de "sedição e rebelião contra o Império" à pena capital, por enforcamento, um método menos nobre de condenação (naquela época os mais ricos eram submetidos ao pelotão de "fuzilamento"). Agostinho Bezerra Cavalcanti e Francisco de Souza Rangel também receberam suas condenações na mesma noite. O major dos pretos, como Agostinho Bezerra ficou conhecido, seria executado em 21 de março de 1825; já Francisco de Souza conseguiu o perdão imperial.
Muitos foram os pedidos de clemência a D. Pedro I para poupar a vida de Frei Caneca, mas sem sucesso. O destino dele já estava selado antes mesmo do julgamento. Na noite que antecedeu sua morte, 12 de janeiro de 1825, Frei Caneca confessou-se pela última vez e recebeu do Frei Carlos de São José e Souza, prior dos Carmelitas, a comunhão e o Sagrado Viático, que prepara a alma para a passagem da vida terrena para a vida eterna. Suas últimas horas foram de serenidade e de reflexão. Aproveitou para escrever cartas para suas afilhadas, na verdade filhas, e poemas, dentre eles o famoso Hymma de Frei Caneca, de onde se lê "Quem passa a vida que eu passo, não deve a morte temer; com a morte não se assusta, quem está sempre a morrer".
Numa manhã de quinta-feira, 13 de janeiro de 1825, por volta das 9:00 h., saem da Casa de Câmara e Cadeia (atual Arquivo Público João Emerenciano) o cortejo militar conduzindo Frei Caneca, que passou pela rua do Imperador, e parou na Igreja do Terço, onde Dom Coelho da Silva Coutinho, Arcebispo do Rio de Janeiro, fez a destituição das vestes sacerdotais de Frei Caneca, uma forma simbólica de tirar dele qualquer aura religiosa e matá-lo como uma pessoa comum.
Após a negação de três carrascos, e de alguns detentos, a pena de morte foi comutada (mudada) para arcabuzamento. Suas últimas palavras foram: "não me deixem padecer por muito tempo". Até hoje se acredita que até Nossa Senhora do Carmo pediu pela vida do frei, aparecendo aos soldados durante a execução, sendo que um deles passou mal e desfaleceu. A morte se deu próximo ao local onde hoje se encontra o busto do Frei Caneca ao lado da Forte das Cinco Pontas. Seu corpo foi levado por dois detentos num caixão de pinho até a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e sepultado em local até hoje desconhecido. Frei Caneca morreu com 45 anos. Deixou três filhas, Carlota, Ana e Joana, e um lema que ecoou para a eternidade: quem bebe da minha caneca sente sede de liberdade! ✨️ 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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