🕵📚 Nos últimos anos venho dedicado algumas horas do meu dia a estudar a ascensão da extrema-direita, não apenas no Brasil, mas também no mundo; o que querem, quem são, quais suas estratégias, e por que seu discurso ganha eco, principalmente nas camadas mais empobrecidas.
Umas das estratégias mais usadas por ele é a DESQUALIFICAÇÃO da pessoa ou do lado PROFISSIONAL da pessoa que se coloca contra aquilo que eles defendem. E fazem isso atacando não as ideias, mas a aparência, o trabalho, ou a área em que aquela pessoa atua.
Exemplos disso temos às dezenas. Os mais recentes são Júnior (da dupla Sandy e Júnior), Alcione, Zé Ramalho por seus posicionamentos contrários ao autoritarismo da extrema-direita.
A bola da vez é Jacqueline Muniz, por causa das inúmeras entrevistas sobre o massacre que foi a operação contenção com mais de 120 mortos, a maioria negros e favelados, novidade nenhuma quando vemos o projeto de necropolítica que esse grupo defende.
Apesar de ser uma pessoa com formação superior, com doutorado inclusive, ela vem sendo atacada por influencers, youtubers, e perfis de extrema-direita com todo tipo de ofensa. Essas postagens aparecem do nada no feed das pessoas, porque são impulsionadas (alguém está pagando, e caro, por isso) para que cheguem ao maior número de pessoas possível (viu como precisamos falar sobre regulação das redes sociais?). Fora, é claro, as dezenas de memes disseminados nos grupos de zap e Telegram, a bolha preferida dos neofascistas.
Enquanto profissional de ciências humanas, professor, historiador, pesquisador, membro de institutos históricos e de academias de letras, não poderia deixar de prestar minha solidariedade a professora JAQUELINE MUNIZ e a todos que pagam um alto preço pela coragem, ousadia e determinação em defender a democracia, lutar pelas minorias, tirar da invisibilidade os excluídos, e colocar sempre o Estado Democrático de Direito como sua principal bandeira. 👊👊🏼👊🏽👊🏾👊🏿
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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