Olá estudantes, professores, pesquisadores e amantes da ciência histórica. Neste blog vocês encontrarão vasto material de minha autoria sobre assuntos relacionados a esta ciência, além de vários links úteis para seu aprendizado. Bem vindos à nossa estranha confraria, que zela para que os feitos dos homens não se perdam nas névoas do tempo. Que a musa Clio nos guie nessa jornada pelo passado. #muitahistoriapracontar
sábado, 19 de novembro de 2011
ALGUMAS NOTAS
* Nossos parabéns aos educandos que se deram bem nas primeiras provas do SSA-UPE (2011-2013). Segundo os próprios alunos, muita coisa do que caiu foi dada em sala de aula por diversos professores, o que levou muita gente a garantir uma boa pontuação. Aos que não conseguiram fica a chance de se recuperarem no próximo ano.
* Saí próxima segunda (21/11) o resultado das equipes escolhidas para representar a escola na Mostra do Integral. Ao todo três projetos disputam as vagas. Boa sorte para todos.
* O governo anunciou que vai disponibilizar tablets para os educandos em 2012. A nossa escola será beneficiada, pois estaremos com duas turmas de 2° e uma de 3° Anos. Ainda, segundo o governo, o aluno que se destacar no 3° Ano pode receber o tablet como um prêmio ao final do ano letivo. Portanto, vamos nos esforçar para merecer essa premiação.
* Começam segunda (21/11) as aulas de inglês extra-classe no horário das 17:00 às 19:00 h., uma boa oportunidade para quem foi selcionado(a) aprimorar seu idioma estrangeiro, algo fundamental em tempos de internet, globalização e Copa 2014.
* Já estão escolhidas as datas do próximo simulado do Integral. As provas deverão ocorrer nos dias 13, 14 e 15 de dezembro, portanto vamos começar a estudar os assuntos.
* Para quem já está na final (quem tem menos de 12,5 somando os três bimestres) as provas deverão ocorrer entre os dias 26 e 28 de dezembro.
* Atenção alunos protagonistas: na próxima quarta (23/11) estaremos visitando nossa primeira escola, a Cônego Costa Carvalho, que fica na Vila Torres Galvão.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
MAIS DE 2000 ACESSOS!!!
Esta é uma noite especial para o nosso blog que chega ao patamar de mais de 2000 acessos. É claro que cada acesso não representa uma pessoa necessariamente, mas toda vez que alguém abriu uma página do blog. Em julho conseguimos mil acessos, em menos de três meses e meio o número de acessos praticamente dobrou. E isso graças a vocês, educandos do EREM Profª Amarina Simões que deram um voto de credibilidade ao blog, cuja principal finalidade é servir de ponto de encontro virtual meu com vocês para que possamos ir além da sala de aula, interagir na Internet, e tirar dúvidas sobre trabalhos, notas, avaliações, etc. Espero que este blog possa comemorar, quem sabe ainda este ano, a casa dos 3000 acessos. Conto com vocês... sempre!
Prof° José Ricardo
ESPECIAL 122 ANOS DE REPÚBLICA - Artigo
A REPÚBLICA NO BRASIL
por José Ricardo de Souza*
No dia 15 de novembro de 1889, quando as tropas militares comandadas pelo marechal Deodoro da Fonseca ocuparam o Palácio Imperial, anunciaram a deposição de dom Pedro II, o que representou o fim do Império e o advento da República. A palavra República tem origem latina (vem de res publica) e pode ser traduzida como "coisa pública, embora sua instauração no Brasil foi feita não foi feita pelo povo, mas por membros da oligarquia rural e setores do Exército, que embora defendessem interesses distintos, se uniram num projeto político comum para derrubar o Império. A idéia de República não é nova no Brasil, remonta aos tempos coloniais, sendo a Capitania de Pernambuco privilegiada neste item, pois partiu daqui, mais precisamente de Bernardo Vieira de Melo, o primeiro "Grito de República", no antigo Senado da Câmara de Olinda, em 10 de novembro de 1710, durante o tempestuoso conflito intitulado "Guerra dos Mascates". O feito é citado por Oscar Brandão da Rocha na letra do Hino de Pernambuco: "a República é filha de Olinda".
Os pernambucanos levantaram a bandeira republicana outras vezes: em 1817, durante a Revolução Pernambucana, e na Revolução Praieira (1848-1851). As Conjurações Mineira (1789) e Baiana (1798), as revoltas regenciais da Cabanagem (1835-1840) e Farroupilha (1835-1845) foram outros movimentos de orientação republicana, sendo todos eles sufocados por forças legalistas, leais ao Rei ou ao Imperador. O processo de ruptura com a ordem imperial nasceu em meados do século XIX com as transformações sociais e econômicas surgidas no Brasil, que paulatinamente passava por um tímido processo de industrialização e crescimento das cidades, o que favoreceu à formação de novos grupos sociais, como as médias camadas urbanas. O controle político ainda era centralizado na figura do Imperador, no caso dom Pedro II, e disputado pelos partidos conservador e liberal, embora ambos representassem a oligarquia rural, proprietária de terras e de escravos.
Após a Guerra do Paraguai (1865-1870) o recém-formado Exército brasileiro passa a reivindicar maior participação na ordem política do país, o que foi veementemente negado. As lutas pela abolição da escravatura tomaram amplitude nas discussões políticas e ideológicas, sob influência velada do governo inglês interessado em transformar ex-escravos em trabalhadores assalariados, portanto possíveis consumidores das mercadorias inglesas que invadiram o mercado brasileiro na época. O governo imperial prometia uma abolição, embora "lenta e gradual" para não ferir os interesses dos cafeicultores. O envolvimento de alguns padres católicos com a Maçonaria foi alvo de conflito com o Império. Em obediência ao papa Pio IX, os bispos de Olinda, Dom Vital, e do Pará, Dom Macedo, puniram padres que participavam da Maçonaria, sendo por isso presos e condenados à trabalhos forçados. Assim se delinearam os três suportes ideológicos do movimento republicano: a questão militar, a questão abolicionista e a questão religiosa.
A articulação política dos republicanos foi formalizada na Convenção de Itu em 1873, onde foi fundado o poderoso Partido Republicano Paulista - PRP. O local escolhido para a reunião, um casarão de uma ilustre família de cafeicultores paulista, os Almeida Prado davam uma dimensão do que estava para acontecer. Os republicanos expuseram suas propostas num documento intitulado "Manifesto Republicano", onde se lê "somos da América e queremos ser americanos", numa clara referência que, com exceção do México, o Brasil foi o único país das Américas a adotar o regime monárquico após a emancipação política da metrópole portuguesa. O colegiado militar recebia influências do Positivismo francês do filósofo Augusto Conte, que inspirou o lema da bandeira republicana "ordem e progresso" e defendia um Estado forte para promovê-lo sem grandes rupturas com a ordem social existente. Ainda havia a questão da sucessão, uma vez que a princesa Isabel era casada com Gastão de Orléans, o Conde D'Eu, de origem francesa e de má fama após as atrocidades cometidas por ele na Guerra do Paraguai, como executar prisioneiros e incendiar hospitais de campanha.
O desenrolar dos acontecimentos após estes fatos foram meticulosamente articulados para colocar as tropas contra o Imperador. Primeiro, a adesão de lideranças civis, como Quintino Bocaiúva, Francisco Glicério, Aristides Lobo, Rui Barbosa, Silva Jardim, entre outros com os principais chefes militares, o próprio Deodoro da Fonseca, Benjamin Constant (positivista convicto) e Solón Ribeiro. A partir daí bastaram boatos sobre supostas prisões de militares republicanos para desencadear o golpe militar. Às nove horas do dia 15 de novembro de 1889, o Visconde de Ouro Preto, chefe do governo imperial, é comunicado oficialmente do fim do Império brasileiro. No dia seguinte, dom Pedro II e sua família são exilados para a Europa. Dom Pedro II viria a falecer dois anos depois em Paris, esquecido e abandonado.
Concluindo, podemos afirmar que a República brasileira nasceu de um golpe militar, articulado pelos cafeicultores desafetos com a abolição da escravatura, e articulado pelos militares da linha positivista. Em nenhum momento, houve qualquer indício de participação popular. O Brasil republicano, pouco mudou para a maioria da população, que continuava empobrecida e excluída das decisões e dos grandes processos nacionais. Os donos do poder continuavam, como sempre, os mesmos, ou seja, era a oligarquia latifundiária comprometida com o capitalismo internacional, leia-se capitalismo inglês. A continuidade do governo republicano revelará mais adiante muitas manifestações contrárias aos desmandos do governo, um sinal de que as massas populares estavam insatisfeitas com os novos rumos impostos pela elite dominante.
* O autor é historiador, professor, escritor; membro da Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista.
– Artigo publicado na Folha de Pernambuco, edições de 14 e 16 de novembro de 2003.
por José Ricardo de Souza*
No dia 15 de novembro de 1889, quando as tropas militares comandadas pelo marechal Deodoro da Fonseca ocuparam o Palácio Imperial, anunciaram a deposição de dom Pedro II, o que representou o fim do Império e o advento da República. A palavra República tem origem latina (vem de res publica) e pode ser traduzida como "coisa pública, embora sua instauração no Brasil foi feita não foi feita pelo povo, mas por membros da oligarquia rural e setores do Exército, que embora defendessem interesses distintos, se uniram num projeto político comum para derrubar o Império. A idéia de República não é nova no Brasil, remonta aos tempos coloniais, sendo a Capitania de Pernambuco privilegiada neste item, pois partiu daqui, mais precisamente de Bernardo Vieira de Melo, o primeiro "Grito de República", no antigo Senado da Câmara de Olinda, em 10 de novembro de 1710, durante o tempestuoso conflito intitulado "Guerra dos Mascates". O feito é citado por Oscar Brandão da Rocha na letra do Hino de Pernambuco: "a República é filha de Olinda".
Os pernambucanos levantaram a bandeira republicana outras vezes: em 1817, durante a Revolução Pernambucana, e na Revolução Praieira (1848-1851). As Conjurações Mineira (1789) e Baiana (1798), as revoltas regenciais da Cabanagem (1835-1840) e Farroupilha (1835-1845) foram outros movimentos de orientação republicana, sendo todos eles sufocados por forças legalistas, leais ao Rei ou ao Imperador. O processo de ruptura com a ordem imperial nasceu em meados do século XIX com as transformações sociais e econômicas surgidas no Brasil, que paulatinamente passava por um tímido processo de industrialização e crescimento das cidades, o que favoreceu à formação de novos grupos sociais, como as médias camadas urbanas. O controle político ainda era centralizado na figura do Imperador, no caso dom Pedro II, e disputado pelos partidos conservador e liberal, embora ambos representassem a oligarquia rural, proprietária de terras e de escravos.
Após a Guerra do Paraguai (1865-1870) o recém-formado Exército brasileiro passa a reivindicar maior participação na ordem política do país, o que foi veementemente negado. As lutas pela abolição da escravatura tomaram amplitude nas discussões políticas e ideológicas, sob influência velada do governo inglês interessado em transformar ex-escravos em trabalhadores assalariados, portanto possíveis consumidores das mercadorias inglesas que invadiram o mercado brasileiro na época. O governo imperial prometia uma abolição, embora "lenta e gradual" para não ferir os interesses dos cafeicultores. O envolvimento de alguns padres católicos com a Maçonaria foi alvo de conflito com o Império. Em obediência ao papa Pio IX, os bispos de Olinda, Dom Vital, e do Pará, Dom Macedo, puniram padres que participavam da Maçonaria, sendo por isso presos e condenados à trabalhos forçados. Assim se delinearam os três suportes ideológicos do movimento republicano: a questão militar, a questão abolicionista e a questão religiosa.
A articulação política dos republicanos foi formalizada na Convenção de Itu em 1873, onde foi fundado o poderoso Partido Republicano Paulista - PRP. O local escolhido para a reunião, um casarão de uma ilustre família de cafeicultores paulista, os Almeida Prado davam uma dimensão do que estava para acontecer. Os republicanos expuseram suas propostas num documento intitulado "Manifesto Republicano", onde se lê "somos da América e queremos ser americanos", numa clara referência que, com exceção do México, o Brasil foi o único país das Américas a adotar o regime monárquico após a emancipação política da metrópole portuguesa. O colegiado militar recebia influências do Positivismo francês do filósofo Augusto Conte, que inspirou o lema da bandeira republicana "ordem e progresso" e defendia um Estado forte para promovê-lo sem grandes rupturas com a ordem social existente. Ainda havia a questão da sucessão, uma vez que a princesa Isabel era casada com Gastão de Orléans, o Conde D'Eu, de origem francesa e de má fama após as atrocidades cometidas por ele na Guerra do Paraguai, como executar prisioneiros e incendiar hospitais de campanha.
O desenrolar dos acontecimentos após estes fatos foram meticulosamente articulados para colocar as tropas contra o Imperador. Primeiro, a adesão de lideranças civis, como Quintino Bocaiúva, Francisco Glicério, Aristides Lobo, Rui Barbosa, Silva Jardim, entre outros com os principais chefes militares, o próprio Deodoro da Fonseca, Benjamin Constant (positivista convicto) e Solón Ribeiro. A partir daí bastaram boatos sobre supostas prisões de militares republicanos para desencadear o golpe militar. Às nove horas do dia 15 de novembro de 1889, o Visconde de Ouro Preto, chefe do governo imperial, é comunicado oficialmente do fim do Império brasileiro. No dia seguinte, dom Pedro II e sua família são exilados para a Europa. Dom Pedro II viria a falecer dois anos depois em Paris, esquecido e abandonado.
Concluindo, podemos afirmar que a República brasileira nasceu de um golpe militar, articulado pelos cafeicultores desafetos com a abolição da escravatura, e articulado pelos militares da linha positivista. Em nenhum momento, houve qualquer indício de participação popular. O Brasil republicano, pouco mudou para a maioria da população, que continuava empobrecida e excluída das decisões e dos grandes processos nacionais. Os donos do poder continuavam, como sempre, os mesmos, ou seja, era a oligarquia latifundiária comprometida com o capitalismo internacional, leia-se capitalismo inglês. A continuidade do governo republicano revelará mais adiante muitas manifestações contrárias aos desmandos do governo, um sinal de que as massas populares estavam insatisfeitas com os novos rumos impostos pela elite dominante.
* O autor é historiador, professor, escritor; membro da Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista.
– Artigo publicado na Folha de Pernambuco, edições de 14 e 16 de novembro de 2003.
ESPECIAL 122 ANOS DE REPÚBLICA - Raio X
– 15 militares no comando (inclui nomes das duas juntas militares)
– 40 civis no comando (inclui os eleitos, convocados e indicados)
– 2 anos e 9 meses Média de tempo no poder
– 21 eleições diretas
– 9 eleições indiretas (votações no Congresso Nacional)
– 3 Golpes e revoluções (exceto o golpe que instituiu a República)
– 1 presidente em regime parlamentarista
– 7 Chefes da nação sem um único voto (exclui sucessores constitucionais, como vices e presidentes do Legislativo e do Judiciário)
– 2 presidentes eleitos ou vices não empossados (morte, doença)
– 2 presidentes eleitos ou vices não empossados (revolução, golpe ou ato de exceção)
– 4 presidentes empossados e depostos
– 2 presidentes empossados que morreram no cargo
– 3 presidentes que renunciaram
– 6 presidentes que cumpriram mais de uma gestão (por reeleição consecutiva ou não, substituição ou por golpe e outros atos de exceção)
O POVO E O PODER
– 71 anos Governos eleitos pelo voto popular (incluindo sucessores constitucionais, como vices e sucessores constitucionais)
– 49 anos Governos eleitos de forma indireta ou por atos de exceção
ESPECIAL 122 ANOS DE REPÚBLICA - Curiosidades
* O presidente mais velho foi Tancredo Neves, escolhido aos 75 anos. Morreu antes de tomar posse;
* O presidente mais jovem foi Fernando Collor de Mello, eleito aos 40 anos. Renunciou para escapar do impeachment;
* A média de idade dos presidentes ao chegarem ao poder é de 57 anos;
* Getúlio Vargas foi o que ficou mais tempo no poder: 18 anos, contando a fase da revolução, o golpe do Estado Novo e o mandato por eleição direta;
* Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva foram os mais longevos, com oito anos de governo democrático, cada um.
* Carlos Luz teve o mais curto mandato da história: três dias. Substituiu o vice de Vargas em 1955, pois era o terceiro na linha sucessória. Acabou deposto por um dispositivo militar.
* O presidente mais jovem foi Fernando Collor de Mello, eleito aos 40 anos. Renunciou para escapar do impeachment;
* A média de idade dos presidentes ao chegarem ao poder é de 57 anos;
* Getúlio Vargas foi o que ficou mais tempo no poder: 18 anos, contando a fase da revolução, o golpe do Estado Novo e o mandato por eleição direta;
* Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva foram os mais longevos, com oito anos de governo democrático, cada um.
* Carlos Luz teve o mais curto mandato da história: três dias. Substituiu o vice de Vargas em 1955, pois era o terceiro na linha sucessória. Acabou deposto por um dispositivo militar.
ESPECIAL 122 DE REPÚBLICA - Os Presidentes
– 21 Advogados
– 2 Jornalistas
– 1 Médico
– 1 Engenheiro
– 1 Sociólogo
– 1 Metalúrgico
– 6 Marechais (inclui os das Juntas Militares)
– 6 Almirantes
– 1 Brigadeiro
– 1 mulher
– 2 Jornalistas
– 1 Médico
– 1 Engenheiro
– 1 Sociólogo
– 1 Metalúrgico
– 6 Marechais (inclui os das Juntas Militares)
– 6 Almirantes
– 1 Brigadeiro
– 1 mulher
ESPECIAL 122 ANOS DE REPÚBLICA - Com ou Sem o Povo
Muitos movimentos, com ou sem participação popular, precederam a proclamação da República. Quase todos se inspiraram no lIuminismo e na independência dos Estados Unidos para contestar o poder imperial. Só alguns lutavam concomitantemente pelo fim da escravidão. Não foram raras as revoltas também separatistas ou autonomistas, o que se explica pela natural falta de unidade na identidade nacional daqueles tempos.
1789
INCONFIDÊNCIA MINEIRA OU CONJURAÇÃO MINEIRA
* Objetivo: separação de Minas Gerais, que se tornaria República.
* Caráter inicial: predominantemente elitista.
* Líderes: Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, entre outros.
1798
CONJURAÇÃO BAIANA OU REVOLTA DOS ALFAIATES
* Objetivo: separação da Bahia e criação de uma República.
* Caráter inicial: predominantemente popular
* Líder: Cipriano Barata, entre outros.
1817
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA OU REVOLUÇÃO DOS PADRES
* Objetivo: independência do país e criação da República do Brasil.
* Caráter inicial: uniu elites, clero e camadas populares.
* Líderes: Frei Caneca, Domingos José Martins e Antônio Carlos de Andrada e Silva, entre outros.
1824
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
* Objetivo: criação de um Estado republicano unindo Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte e abolição da escravidão.
* Caráter inicial: uniu elites, clero e camadas populares.
* Líderes: Cipriano Barata e Frei Caneca, entre outros.
1835-1845
GUERRA DOS FARRAPOS OU REVOLUÇÃO FARROUPILHA
* Objetivo: no princípio, opor-se ao governo imperial; depois, proclamar a República Rio-Grandense.
* Caráter inicial: predominantemente elitista.
* Líderes: Bento Gonçalves, entre outros.
1837-138
REVOLTA SABINADA
* Objetivo: criar a República Bahianense e libertar os escravos.
* Caráter inicial: predominantemente popular.
* Líder: Francisco Sabino Barroso, entre outros.
1848-1849
REVOLTA PRAIEIRA
* Objetivo: criar a República de Pernambuco em moldes liberais.
* Caráter inicial: uniu elite e camadas populares.
* Líder: Pedro Ivo, entre outros.
1789
INCONFIDÊNCIA MINEIRA OU CONJURAÇÃO MINEIRA
* Objetivo: separação de Minas Gerais, que se tornaria República.
* Caráter inicial: predominantemente elitista.
* Líderes: Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, entre outros.
1798
CONJURAÇÃO BAIANA OU REVOLTA DOS ALFAIATES
* Objetivo: separação da Bahia e criação de uma República.
* Caráter inicial: predominantemente popular
* Líder: Cipriano Barata, entre outros.
1817
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA OU REVOLUÇÃO DOS PADRES
* Objetivo: independência do país e criação da República do Brasil.
* Caráter inicial: uniu elites, clero e camadas populares.
* Líderes: Frei Caneca, Domingos José Martins e Antônio Carlos de Andrada e Silva, entre outros.
1824
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
* Objetivo: criação de um Estado republicano unindo Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte e abolição da escravidão.
* Caráter inicial: uniu elites, clero e camadas populares.
* Líderes: Cipriano Barata e Frei Caneca, entre outros.
1835-1845
GUERRA DOS FARRAPOS OU REVOLUÇÃO FARROUPILHA
* Objetivo: no princípio, opor-se ao governo imperial; depois, proclamar a República Rio-Grandense.
* Caráter inicial: predominantemente elitista.
* Líderes: Bento Gonçalves, entre outros.
1837-138
REVOLTA SABINADA
* Objetivo: criar a República Bahianense e libertar os escravos.
* Caráter inicial: predominantemente popular.
* Líder: Francisco Sabino Barroso, entre outros.
1848-1849
REVOLTA PRAIEIRA
* Objetivo: criar a República de Pernambuco em moldes liberais.
* Caráter inicial: uniu elite e camadas populares.
* Líder: Pedro Ivo, entre outros.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
ESPECIAL 122 ANOS DE REPÚBLICA - Relação Completa de Todos os Presidentes do Brasil
– Manoel Deodoro da Fonseca – de 15/11/1889 a 23/11/1891. Vice – Floriano Vieira Peixoto.
– Floriano Vieira Peixoto – de 23/11/1891 a 15/11/1894.
– Prudente José de Morais e Barros – de 15/11/1894 a 15/11/1898. Vice – Manoel Victorino Pereira.
– Manuel Ferraz de Campos Salles – de 15/11/1898 a 15/11/1902. Vice – Francisco de Assis Rosa e Silva.
– Francisco de Paula Rodrigues Alves – de 15/11/1902 a 15/11/1906. Vice – Afonso Augusto Moreira Pena.
– Afonso Augusto Moreira Pena – de 15/11/1906 a 14/6/1909. Vice – Nilo Procópio Peçanha.
– Nilo Procópio Peçanha – de 14/6/1909 a 15/11/1910.
– Hermes Rodrigues da Fonseca – de 15/11/1910 a 15/11/1914. Vice – Venceslau Brás Pereira Gomes.
– Venceslau Brás Pereira Gomes – de 15/11/1914 a 15/11/1918. Vice – Urbano Santos da Costa Araújo.
– Delfim Moreira da Costa Ribeiro – de 15/11/1918 a 28/7/1919.
– Epitácio da Silva Pessoa – de 28/7/1919 a 15/11/1922. Vices – Delfim Moreira da Costa Ribeiro (até 1o/7/1920) e Francisco Álvaro Bueno de Paiva.
– Artur da Silva Bernardes – de 15/11/1922 a 15/11/1926. Vice – Estácio de Albuquerque Coimbra.
– Washington Luís Pereira de Sousa – de 15/11/1926 a 24/10/1930. Vice – Fernando de Melo Vieira.
– Junta Militar Governativa Provisória – de 24/10/1930 a 3/11/1930. Formada pelos generais Augusto Tasso Fragoso, João de Deus Menna Barreto e
almirante José Isaías de Noronha.
– Getúlio Dornelles Vargas – de 3/11/1930 a 29/10/1945.
– José Linhares – de 29/10/1945 a 31/1/1946.
– Eurico Gaspar Dutra – de 31/1/1946 a 31/1/1951.
Vice – Nereu de Oliveira Ramos.
– Getúlio Dornelles Vargas – de 31/1/1951 a 24/8/1954. Vice – João Fernandes Campos Café Filho.
– João Fernandes Campos Café Filho – de 24/8/1954 a 9/11/1955.
– Carlos Coimbra de Luz – de 9/11/1955 a 11/11/1955.
– Nereu de Oliveira Ramos – de 11/11/1955 a 31/1/1956.
– Juscelino Kubitschek de Oliveira – de 31/1/1956 a 31/1/1961. Vice – João Belchior Marques Goulart.
– Jânio da Silva Quadros – de 31/1/1961 a 25/8/1961. Vice – João Belchior Marques Goulart.
– Pascoal Ranieri Mazzilli – de 25/8/1961 a 7/9/1961.
– João Belchior Marques Goulart – de 7/9/1961 a 1o/4/1964.
– Pascoal Ranieri Mazzilli – de 1o/4/1964 a 15/4/1964.
– Humberto de Alencar Castello Branco – de 15/4/1964 a 15/3/1967. Vice – José Maria Alkmin.
– Arthur da Costa e Silva – de 15/3/1967 a 31/8/1969. Vice – Pedro Aleixo.
– Junta Militar – de 31/8/1969 a 30/10/1969. Formada por Augusto Hamann Rademaker Grünewald (ministro da Marinha), Aurélio de Lira Tavares (Exército) e
Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica).
– Emílio Garrastazu Médici – de 30/10/1969 a 15/3/1974. Vice – Augusto Hamann Rademaker Grünewald.
– Ernesto Geisel – de 15/3/1974 a 15/3/1979. Vice – Adalberto Pereira dos Santos.
– João Baptista de Oliveira Figueiredo – de 15/3/1979 a 15/3/1985. Vice – Antônio Aureliano Chaves de Mendonça.
– José Sarney (nascido José Ribamar Ferreira de Araújo Costa) – de 15/3/1985 a 15/3/1990 (até 22/4/1985 como interino). Com a morte do presidente eleito
Tancredo de Almeida Neves, assume o cargo definitivamente.
– Fernando Afonso Collor de Mello – de 15/3/1990 a 2/10/1992. Vice – Itamar Augusto Cautiero Franco.
– Itamar Augusto Cautiero Franco – de 2/10/1992 a 1°/1/1995. Interino durante o processo de impeachment de Collor. Com a renúncia, em 29/12/1992,
assume o cargo definitivamente.
– Fernando Henrique Cardoso – de 1°/1/1995 a 1°/1/1999. Vice – Marco Antônio de Oliveira Maciel.
– Fernando Henrique Cardoso – de 1°/1/1999 a 1°/1/2003, quando toma posse de seu segundo mandato. Vice – Marco Antônio de Oliveira Maciel.
– Luiz Inácio Lula da Silva – eleito para o período de 1°/1/2003 a 1°/1/2007. Vice – José Alencar Gomes da Silva.
– Luiz Inácio Lula da Silva – eleito para o período de 1°/1/2008 a 1°/1/2011, quando toma posse de seu segundo mandato. Vice – José Alencar Gomes da Silva.
– Dilma Vana Rousseff - tomou posse em 1°/1/2011, tornando-se assim a primeira mulher a assumir a presidência do Brasil. Vice - Michel Miguel Elias Temer Lulia
– Floriano Vieira Peixoto – de 23/11/1891 a 15/11/1894.
– Prudente José de Morais e Barros – de 15/11/1894 a 15/11/1898. Vice – Manoel Victorino Pereira.
– Manuel Ferraz de Campos Salles – de 15/11/1898 a 15/11/1902. Vice – Francisco de Assis Rosa e Silva.
– Francisco de Paula Rodrigues Alves – de 15/11/1902 a 15/11/1906. Vice – Afonso Augusto Moreira Pena.
– Afonso Augusto Moreira Pena – de 15/11/1906 a 14/6/1909. Vice – Nilo Procópio Peçanha.
– Nilo Procópio Peçanha – de 14/6/1909 a 15/11/1910.
– Hermes Rodrigues da Fonseca – de 15/11/1910 a 15/11/1914. Vice – Venceslau Brás Pereira Gomes.
– Venceslau Brás Pereira Gomes – de 15/11/1914 a 15/11/1918. Vice – Urbano Santos da Costa Araújo.
– Delfim Moreira da Costa Ribeiro – de 15/11/1918 a 28/7/1919.
– Epitácio da Silva Pessoa – de 28/7/1919 a 15/11/1922. Vices – Delfim Moreira da Costa Ribeiro (até 1o/7/1920) e Francisco Álvaro Bueno de Paiva.
– Artur da Silva Bernardes – de 15/11/1922 a 15/11/1926. Vice – Estácio de Albuquerque Coimbra.
– Washington Luís Pereira de Sousa – de 15/11/1926 a 24/10/1930. Vice – Fernando de Melo Vieira.
– Junta Militar Governativa Provisória – de 24/10/1930 a 3/11/1930. Formada pelos generais Augusto Tasso Fragoso, João de Deus Menna Barreto e
almirante José Isaías de Noronha.
– Getúlio Dornelles Vargas – de 3/11/1930 a 29/10/1945.
– José Linhares – de 29/10/1945 a 31/1/1946.
– Eurico Gaspar Dutra – de 31/1/1946 a 31/1/1951.
Vice – Nereu de Oliveira Ramos.
– Getúlio Dornelles Vargas – de 31/1/1951 a 24/8/1954. Vice – João Fernandes Campos Café Filho.
– João Fernandes Campos Café Filho – de 24/8/1954 a 9/11/1955.
– Carlos Coimbra de Luz – de 9/11/1955 a 11/11/1955.
– Nereu de Oliveira Ramos – de 11/11/1955 a 31/1/1956.
– Juscelino Kubitschek de Oliveira – de 31/1/1956 a 31/1/1961. Vice – João Belchior Marques Goulart.
– Jânio da Silva Quadros – de 31/1/1961 a 25/8/1961. Vice – João Belchior Marques Goulart.
– Pascoal Ranieri Mazzilli – de 25/8/1961 a 7/9/1961.
– João Belchior Marques Goulart – de 7/9/1961 a 1o/4/1964.
– Pascoal Ranieri Mazzilli – de 1o/4/1964 a 15/4/1964.
– Humberto de Alencar Castello Branco – de 15/4/1964 a 15/3/1967. Vice – José Maria Alkmin.
– Arthur da Costa e Silva – de 15/3/1967 a 31/8/1969. Vice – Pedro Aleixo.
– Junta Militar – de 31/8/1969 a 30/10/1969. Formada por Augusto Hamann Rademaker Grünewald (ministro da Marinha), Aurélio de Lira Tavares (Exército) e
Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica).
– Emílio Garrastazu Médici – de 30/10/1969 a 15/3/1974. Vice – Augusto Hamann Rademaker Grünewald.
– Ernesto Geisel – de 15/3/1974 a 15/3/1979. Vice – Adalberto Pereira dos Santos.
– João Baptista de Oliveira Figueiredo – de 15/3/1979 a 15/3/1985. Vice – Antônio Aureliano Chaves de Mendonça.
– José Sarney (nascido José Ribamar Ferreira de Araújo Costa) – de 15/3/1985 a 15/3/1990 (até 22/4/1985 como interino). Com a morte do presidente eleito
Tancredo de Almeida Neves, assume o cargo definitivamente.
– Fernando Afonso Collor de Mello – de 15/3/1990 a 2/10/1992. Vice – Itamar Augusto Cautiero Franco.
– Itamar Augusto Cautiero Franco – de 2/10/1992 a 1°/1/1995. Interino durante o processo de impeachment de Collor. Com a renúncia, em 29/12/1992,
assume o cargo definitivamente.
– Fernando Henrique Cardoso – de 1°/1/1995 a 1°/1/1999. Vice – Marco Antônio de Oliveira Maciel.
– Fernando Henrique Cardoso – de 1°/1/1999 a 1°/1/2003, quando toma posse de seu segundo mandato. Vice – Marco Antônio de Oliveira Maciel.
– Luiz Inácio Lula da Silva – eleito para o período de 1°/1/2003 a 1°/1/2007. Vice – José Alencar Gomes da Silva.
– Luiz Inácio Lula da Silva – eleito para o período de 1°/1/2008 a 1°/1/2011, quando toma posse de seu segundo mandato. Vice – José Alencar Gomes da Silva.
– Dilma Vana Rousseff - tomou posse em 1°/1/2011, tornando-se assim a primeira mulher a assumir a presidência do Brasil. Vice - Michel Miguel Elias Temer Lulia
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
DICAS PARA RESOLVER TESTES DE VESTIBULARES
1º Leia muito bem a questão a ser resolvida. Leia tantas vezes quantas forem necessárias para ter absoluta certeza daquilo que está sendo exigido.
2º Não se esqueça: toda questão tem solução. Uma única solução.
3° Atenção! Muito cuidado com os testes onde aparecem expressões, como exclusivamente, em geral, unicamente, etc., pois elas podem alterar totalmente o significado. Observe os exemplos abaixo:
a - Os fatos históricos são provocados exclusivamente por fatores históricos.
b - Os fatos históricos são provocados, em geral, por fatores econômicos.
Você percebeu que existe grande diferença entre as duas alternativas ?
4º Muito cuidado também com as questões que pedem: assinale a alternativa errada ou assinale a alternativa correta.
5º Nunca indique uma resposta sem antes ter lido as demais. Por vezes, as letras a -, b -, e c- estão corretas e a letra d- afirma: todas as alternativas anteriores estão corretas. Já imaginou o que aconteceria se você não tivesse lido toda a questão ?
6º Não se prenda demasiadamente em uma só questão. Num exame, é aconselhável resolver inicialmente as questões das quais se tem certeza absoluta da resposta, deixando os mais difíceis para o final.
7º Mesmo que o exame permita responder ao acaso ou no "chute", só faça em último caso. Faça comparações, use a exclusão, leia, releia, raciocine. Você acabará encontrando a resposta correta.
8º Não se preocupe se por ventura várias questões seguidas tiverem como resposta a mesma letra. Tenha certeza de uma coisa: isto aconteceu por acaso.
9º Durante o exame, tenha muito cuidado ao passar as soluções para o cartão resposta. Não vá errar naquilo que estava certo.
Referência Bibliográfica:
SOUZA, Osvaldo Rodrigues de & ORDONÈZ, Marlene O Madureza em 1000 Testes de História 1º grau Editora Ática
REVISÃO PARA O SSA-UPE - Aula dada hoje 11.11.11
1ª Dica - PRÉ-HISTÓRIA
A Pré-História foi marcada por dois grandes momentos:
* PALEOLÍTICO => ser humano dependente da natureza
* NEOLÍTICO => ser humano produtor de alimentos
PALEOLÍTICO
* Caça, pesca, coleta => nomadismo
NEOLÍTICO
Agricultura e domesticação de animais => sedentarismo
2ª Dica - RELAÇÕES DE PODER NA ANTIGUIDADE
A maioria das Civilizações Orientais tinham como forma de governo a monarquia teocrática, ou seja, o poder político estava atrelado ao poder religioso.
Exemplos:
* Civilização Mesopotâmica => o governante era um representante dos deuses.
* Civilização Egípcia => o governante era o próprio deus (faraó).
3ª Dica - GRÉCIA
Os gregos foram os primeiros a experimentarem diversas formas de governo:
* Monarquia => governo de uma só pessoa (monarca
* Aristocracia => governo dos nobres
* Oligarquia => governo de poucos
* Tirania => governo de um tirano (ditador)
* Democracia => governo do povo, pelo povo e para o povo.
A Democracia Ateniense:
– A famosa democracia ateniense estava restrita aos cidadãos da pólis (cidade-Estado), ou seja, poucas pessoas podiam exercê-la.
– Os estrangeiros, as mulheres, os escravos não tinham direitos políticos.
4ª Dica - ROMA
A sociedade romana estava dividida em:
* Patrícios => eram os cidadãos romanos
* Plebeus => eram a maioria, mas sem direitos
* Clientes => plebeus que se colocavam a serviço dos patrícios em troca de favores
* Escravos => prisioneiros de guerras ou endividados.
As lutas de classes em Roma:
– Patrícios e plebeus vão estar em constante conflito, o que vai dar origem a algumas leis para proteger os plebeus:
* Lei das Doze Tábuas => primeiras leis escritas
* Lei Canuléia => igualdade civil
* Lei Licínia => fim da escravização por dívidas
* Lei Olgúnia =>igualdade religiosa
* Tribuno da plebe => tinham o direito de veto
5ª Dica – RELAÇÃO DE PODER NA IDADE MÉDIA OCIDENTAL
– O poder estava descentralizado nas mãos dos senhores feudais (suseranos)
– O rei era “suserano dos suseranos”
– O rei tinha o poder de direito, mas não o exercia de fato.
– As relações de suserania e vassalagem estavam baseadas no contrato de enfeudação e nas obrigações servis.
A Sociedade Medieval
* A maioria das pessoas moravam no meio rural;
* A posição do indivíduo na sociedade era determinada pelo nascimento (imóvel);
* Havia três estamentos: o clero, a nobreza, e o campesinato.
6ª Dica – RELAÇÕES DE PODER NA IDADE MÉDIA ORIENTAL
Civilização Árabe
* Pré-Islâmica => organização tribal dos povos do deserto
* Islâmica => centralização do poder nas mãos dos califas, que são chefes temporais sucessores de Maomé, o profeta.
Civilização Bizântina
* Monarquia absoluta teocrática;
* Imperador Justiniano e Imperatriz Teodora => Revolta de Nike e a compilação do Corpus Juris Civilis.
6ª Dica – A IGREJA MEDIEVAL
A Igreja Católica detinha grande poder em vários aspectos:
* Político => o poder era considerado uma dádiva divina
* Econômico => possuía um terço das terras cultiváveis da Europa
* Ideológico => a Igreja impunha sua visão de mundo a partir da religiosidade católica.
Aspectos positivos e negativos da Igreja medieval
POSITIVO
– Preservar o legado cultural greco-romano da destruição e do esquecimento;
– Obras de caridade acolher os doentes, os viajantes, etc.
NEGATIVO
– Controle que ela exercia sobre as produções artísticas e as manifestações culturais, além de cercear o avanço científico.
7ª Dica – AS HERESIAS MEDIEVAIS
– As heresias discordavam de pontos importantes do dogmatismo católico.
– A grande discussão era a respeito da natureza de Cristo => se era divina ou humana, ou se eram as duas.
– Os hereges foram perseguidos, presos, torturados e assassinados pelo Tribunal do Santo Ofício => A Inquisição.
Exemplos de Heresias:
* Arianismo => só aceitava a divindade do Pai.
* Nestorianismo => distinguia duas naturezas em Cristo.
* Monofisismo => distinguia em Cristo apenas a natureza divina.
* Pelagianismo => negava a existência do pecado original.
* Albigenses (cátaros) => negavam os sacramentos, a encarnação e a ressurreição de Cristo.
8ª Dica – CULTURA MEDIEVAL
– A cultura medieval foi fortemente influenciada pelo Catolicismo.
– As manifestações artísticas e culturais tinham como elemento norteador o teocentrismo (Deus como o centro do Universo).
– A Igreja Católica detinha, sem seus mosteiros, um grande legado cultural dos gregos e dos romanos.
Um Resumo da Cultura Medieval:
* Arquitetura => Românico e Gótico
* Filosofia => Escolástica e Patrística
* Formação das primeiras universidades
* Musicalidade => canto gregoriano e cantigas de trovadores
* Literatura => obras contendo a vida dos santos, os feitos da cavalaria, e lendas.
9ª Dica – A MODERNIDADE
– A Modernidade corresponde “cronologicamente” ao período da Idade Moderna (1453-1789)
– Os principais acontecimentos da modernidade estão relacionados à ação da burguesia, camada social surgida no final da Idade Média, composta por comerciantes.
– Durante a transição entre o medievo e a modernidade surgiu o Capitalismo.
Comparações:
MEDIEVAL
* Teocentrismo;
* Fenômenos explicados pela fé;
* A nobreza como classe hegemônica
MODERNIDADE
* Antropocentrismo;
* Fenômenos explicados pela razão;
* A burguesia como classe hegemônica
10ª Dica - RENASCIMENTO
– O Renascimento teve como fonte de inspiração a cultura clássica (greco-romana).
– Foi um movimento cultural eminentemente burguês.
– Teve início na Itália, depois se expandindo para o resto da Europa.
– Mexeu com os valores culturais da época.
Características do Renascimento:
* Humanismo;
* Antropocentrismo;
* Racionalismo;
* Naturalismo;
* Individualismo;
* Hedonismo.
11ª Dica – CONQUISTA DA AMÉRICA
– O encontro de dois mundos, o velho mundo europeu e o novo mundo americano se deu a partir de um processo maior chamado de Expansão Marítima Mercantil Européia.
– Apesar dos portugueses terem sido os pioneiros, coube aos espanhóis chegar primeiro ao continente americano.
– Cristovão Colombo, navegador genovês, aportou na América em 12 de outubro de 1492.
As Conseqüências da “Descoberta”:
* Para os europeus => a América serviu como meio de enriquecimento e exploração de riquezas naturais e minerais.
* Para os ameríndios => sobrou a desestrutura e destruição do “modo de vida” de centenas de povos e de algumas civilizações (Astecas, Maias, Incas)
12ª Dica – A REFORMA PROTESTANTE
– Apesar de ser um movimento de ordem religiosa, fatores sociais, políticos, e econômicos entraram como motivações para o rompimento com o Catolicismo.
– A Reforma Protestante não foi o primeiro cisma (divisão) da Igreja lembre-se do Cisma do Oriente durante a Idade Média.
Denominações Protestantes ou Igrejas Reformadas:
* Luteranismo => Martinho Lutero => Alemanha
* Calvinismo => Jean Calvino => Genebra (Suiça)
* Anglicanismo => Henrique VIII => Inglaterra
Algumas curiosidades:
– Os únicos sacramentos adotados pelos protestantes foram o batismo e a eucaristia (sem a transubstanciação);
– A Igreja Anglicana adotava a forma católica, mas o conteúdo protestante;
– O Calvinismo pregava a predestinação, ou seja, Deus escolhia quem devia ser salvo ou não. O sinal dos predestinados era a posse de bens materiais.
13ª Dica – O ESCRAVISMO
– O modo de produção escravista existiu desde a Antiguidade.
– Existem diferenças entre o escravismo antigo e o escravismo colonial.
– A base da economia colonial em vários países (colônias) dos séculos XVI-XVIII esteve ancorada na mão-de-obra escravista.
Comparações entre o Escravismo antigo e o Escravismo colonial:
ESCRAVISMO ANTIGO
* Escravização por dívidas ou eram prisioneiros de guerras;
* Trabalhos manuais ou intelectuais.
ESCRAVISMO COLONIAL
* Negros capturados por traficantes na África;
* Trabalhos meramente braçais ou manuais.
14ª Dica – A América Portuguesa no Século XVI
– Os domínios portugueses se estendiam pelo litoral brasileiro.
– A colonização do Brasil se deu a partir de duas atividades econômicas: o extrativismo do pau-brasil e a agromanufatura da cana-de-açúcar.
– O objetivo dos colonizadores era explorar ao máximo as riquezas da colônia em benefício da metrópole.
Aspectos da Economia Colonial
– Monocultura cultivo de um único produto (no caso do Brasil colonial, a cana-de-açúcar)
– Latifúndios grandes extensões de terras que tinham apenas um proprietário (no exemplo do Brasil, era o senhor de engenho)
– Mão-de-obra escrava.
15ª Dica – CONCEPÇÕES CULTURAIS DE MUNDO
– Os europeus defendiam o eurocentrismo => a Europa como sendo o centro do mundo. (veja a projeção mais usada, que é a de Mercator)
– Os americanos eram vistos como seres “exóticos” e “sem alma”, quase como animais.
– O rigor moral da Europa cristã era abafado, esquecido nas terras brasilis (observe o ditado: “não existe pecado do lado de baixo do Equador”)
FICHA TÉCNICA
– Elaboração das dicas => José Ricardo (professor e historiador)
– Editoração Eletrônica => Datapress Informática
– Contatos, críticas e sugestões => josericardope2008@yahoo.com.br
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
O SENTIDO DA MORTE
por José Ricardo de Souza*
Uma das passagens mais celebre e conhecidas da obra de William Shakespeare, é aquela em que o rei Hamlet observa um crânio, diante do mar, e pergunta-se: “ser ou não ser, eis a questão”. Afinal, quem somos, senão seres que cumprem aquilo que os cientistas denominam de ciclo da vida, ou seja, nascemos, crescemos, reproduzimos outros seres da mesma espécie, e finalmente morremos. O conflito existencial da máxima shakespereana, do ser ou não ser, é a busca daquilo que chamamos sentido da vida. A busca deste sentido da vida está diretamente relacionada com nossos objetivos e perspectivas, passando também por nossas convicções pessoais, religiosas e filosóficas. Descobri-lo, pode ser o diferencial entre atingir a felicidade ou amargar o vazio de uma vida sem rumo definido. Se encontrar um sentido para a vida, que conhecemos (ou pelo menos, tentamos compreender e interpretar), imagine então, achar um sentido para a morte, o que se torna um desafio ainda mais intrigante.
A morte sempre foi um tema proscrito das análises mais cientifica, sua explicação, ficou relegada aos religiosos, filósofos e teólogos, cada qual a sua maneira, e de acordo com suas conveniências, procuraram demonstrar a morte e suas facetas. Numa análise mais materialista, e portanto, dentro de uma perspectiva cientifica, a morte significa o fim da vida, e nada a mais que isso. Os conceitos de alma, espírito, céu, inferno, purgatório são literalmente diluídos numa apologia do fim em si mesmo, a qual nenhum ser vivo poderá escapar disso um dia. As explicações religiosas propõem a eternização da vida, ainda que seja uma forma de vida além túmulo, e discordam da morte como um fim em si mesmo.
Se a vida é uma passagem, curta passagem humana pela Terra, a morte seria então uma nova passagem, desta vez para uma nova vida, num plano espiritual diferente do nosso, imaginado de diversas maneiras pelos mais diferentes credos e culturas pelo mundo afora. Desde a mais alta antiguidade, que o ser humano sempre rejeitou a idéia da morte como fim da vida. As civilizações antigas, egípcios, principalmente, sempre buscaram a imortalidade da alma, como um meio de vencer a morte física, visível, e imediata. A cosmologia hebraica, lembra que na lenda do Éden, Eva provou do fruto da árvore do conhecimento porque queria ser imortal como Deus (c.f. Gn 3,4). Os gregos e romanos também prestavam culto aos seus mortos. E nas religiões asiáticas, budismo, hinduísmo, taoísmo, a morte sempre foi tratada como uma continuidade da vida, necessária a evolução dos espíritos desencarnados, que poderiam retornar à vida terrena através de sucessivas reencarnações.
A herança judaico-cristã predominante na nossa cultura ocidental, transformou a morte, numa segunda vida, numa volta à divindade, cumprindo o que fora prescrito nas escrituras: “és pó, e ao pó retornarás” (c.f. Gn 3,19). Entretanto, para gozá-la em sua plenitude, é necessário seguir uma vida terrena dentro de determinados princípios, que incluem regras de morais, éticas e religiosas. Numa perspectiva cristã, não existem outras chances de retorno à vida, ou seja reencarnar, nem de comunicação entre os vivos e os que já partiram, mas existe a promessa da ressurreição, ou seja, nos últimos dias, antes do grande juízo final, os mortos ressuscitarão (c.f. I Ts 4,16). A doutrina aceita pelos evangélicos cita apenas o céu ou o inferno como o destino das almas após a morte; já na teologia católica, existe além destes, o purgatório, que seria um estágio de purgar, ou seja, limpar, purificar, as almas que não se encontram totalmente perdidas.
A morte, como podemos perceber, pode ser entendida de diversas formas, quer seja como uma conclusão da vida, ou mesmo como uma continuidade dela. A tradição oriental lembra que não devemos nos esquecer dos antepassados. As culturas indígenas sempre praticaram rituais em memória dos que já se foram. Entre nós, o dia 2 de novembro, foi escolhido para reverenciar nossos entes queridos, com flores, velas, orações e visitas aos cemitérios. Se isso é válido ou não, não nos cabe aqui discutir, apenas algumas coisas podemos tomar como verdadeiras: o pensamento de Lamartine (escritor francês) que dizia que “esquecer os mortos, é esquecer-se de si mesmo”, e a última frase da oração franciscana “é morrendo que se vive para a vida eterna”. Quisera que pudéssemos entender melhor a morte, não como o último ato da vida, mas como o primeiro passo para um outro plano, mais próximo da espiritualidade, onde talvez seja possível finalmente descobrir o verdadeiro sentido da vida.
Artigo publicado na Folha de Pernambuco, edição de 17 de novembro de 2002
LIDAR COM O LUTO E A MORTE
Paulista, 26/06/09
por José Ricardo de Souza*
A morte inesperada de um dos maiores ídolos da música pop ainda é marcante nos noticiários e conversas de rua deste dia. O mundo atônito e perplexo chora a morte de Michael Jackson, cuja musicalidade marcou gerações de fãs e influenciou artistas de muitos países, inclusive aqui no Brasil. Confesso não ser fã declarado de Michael Jackson (aos meus ouvidos prefiro Elvis Presley), mas não deixa de chamar a atenção a história do menino pobre e negro que através da música conquistou o mundo, e que teve uma existência atribulada, dividida entre o luxo e polêmicas, como as acusações de pedofilia. O "clareamento" da pele também rendeu a ele inúmeras críticas. O que pouco era revelado era o lado humanitário de Michael Jackson, como por exemplo, na famosa canção dos anos 90 We Are The Worl (Nós Somos o Mundo) composta por ele e Leonel Ritche para arrecadar fundos para os atingidos pela fome na África. Controvérsias a parte, o fato é que Michael Jackson virou um mito, ou como dizia um filósofo antigo: "morre o homem, nasce a lenda".
Hoje faz também um ano da morte de uma das maiores cantoras que este país já conheceu: Sylvinha Araújo. Pode parecer exagero, mas de cada dez discos gravados no Brasil durante os anos 80 e 90 do século XX, a voz de Sylvinha se faz presente, nos chamados back vocais (coro), passando por vários estilos: do sertanejo ao popular, do pop ao religioso (no CD Sol Nascente Sol Poente de Pe. Zezinho ela canta em "Para sempre te Amarei" e na "Canção de Matrimônio"). O último CD dela traz uma gravação exclusiva e inusitada: pela primeira (e acredito que seja a única) vez um padre (Antônio Maria) e um pastor (Marcelo Crivela) unem as vozes para falar de fé na canção "A Luz do Senhor". O disco é belíssimo, mas como foi uma produção independente (saiu pelo selo Number One Music) não foi executado nas emissoras de rádio e TV, infelizmente. O registro de sua voz ficou eternizada para amigos, familiares e seus inúmeros fãs. Sylvinha era casada com Eduardo Araújo, ambos se conheceram em pleno movimento da Jovem Guarda. Viveram um bonito casamento de mais de 39 anos e tiveram 2 filhos. A cantora não resistiu a um câncer de mama, que lutava contra ele há 12 anos.
No último dia 24, foi a vez de relembrar a morte de Leandro (da dupla Leandro e Leonardo). A história dos meninos pobres de Goiânia que viviam do plantio de tomates e que aos poucos foram conquistando as paradas de sucessos com músicas como "Pense em Mim" e "Entre Tapas e Beijos" foi tragicamente interrompida por um câncer que encurtou a carreira de Leandro que fazia a segunda voz da dupla. Em questão de meses, os fãs acompanharam o tratamento do câncer de Leandro, mas não foi possível curar o cantor. O irmão Leonardo segue carreira-solo até hoje, mas nunca deixa de lembrar a falta que faz a companhia do tímido irmão, mesmo passados 11 anos de seu desaparecimento.
Não é fácil, e provavelmente, nunca será lidar com a morte, e muito menos com o luto daqueles que ficam. Hoje, por exemplo, pensei muito na situação de Eduardo Araújo, viúvo de Sylvinha, um anos depois que ele viu pela última vez a mulher que amou e conviveu por mais de 40 anos. Não é fácil, imagine superar essa dor, mesmo sabendo que a morte em casos como o dela e o de Leandro é um alívio diante do sofrimento causado por uma doença como o câncer. Talvez porque não seja verdade que ninguém é insubstituível, ninguém ocupa o lugar que foi de outra pessoa, por isso fazemos tanta falta quando morremos. A dor do luto é profunda demais para cicatrizar e às vezes nunca cicatriza. Sabendo que não somos imortais, todos nós temos uma certeza: um dia, não sabemos quando, nem como, seguiremos o mesmo caminho de Michael Jackson, de Sylvinha, e de Leandro... Faz parte da condição humana: ser mortal. Completar um ciclo que aprendemos na escola como o Ciclo da Vida: nascer, crescer, reproduzir, envelhecer, morrer.
A morte tem significados diferentes para culturas diferentes. O viés religioso passa necessariamente pela forma como compreendemos o fim da vida. A filosofia não possuí respostas certas para questões como por exemplo: "por que nascemos", "por que morremos", "o que acontece após a morte". Cada religião têm a sua explicação e a partir da fé pessoal de cada um, surgem maneiras diversas de ver e conviver com a morte. Biblicamente falando lembro do versículo que diz que "o salário do pecado é a morte (c.f. Rm 6,23). Para Santo Agostinho, a morte era a esperada volta da criatura (homem) ao seu criador (Deus) por isso ansiosamente aguardada por ele. Frei Betto faz uma comparação interessante em seu livro (Catecismo Popular, Editora Ática), quando nascemos todos riem e nós choramos, quando morremos todos choram e nos rimos porque estamos fazendo o caminho de volta ao Pai.
Recomendo a todos orações pelos nossos irmãos e irmãs falecidos, especialmente aqueles citados neste artigo.
* O autor é historiador, professor da rede pública de ensino, escritor; membro da Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista.
por José Ricardo de Souza*
A morte inesperada de um dos maiores ídolos da música pop ainda é marcante nos noticiários e conversas de rua deste dia. O mundo atônito e perplexo chora a morte de Michael Jackson, cuja musicalidade marcou gerações de fãs e influenciou artistas de muitos países, inclusive aqui no Brasil. Confesso não ser fã declarado de Michael Jackson (aos meus ouvidos prefiro Elvis Presley), mas não deixa de chamar a atenção a história do menino pobre e negro que através da música conquistou o mundo, e que teve uma existência atribulada, dividida entre o luxo e polêmicas, como as acusações de pedofilia. O "clareamento" da pele também rendeu a ele inúmeras críticas. O que pouco era revelado era o lado humanitário de Michael Jackson, como por exemplo, na famosa canção dos anos 90 We Are The Worl (Nós Somos o Mundo) composta por ele e Leonel Ritche para arrecadar fundos para os atingidos pela fome na África. Controvérsias a parte, o fato é que Michael Jackson virou um mito, ou como dizia um filósofo antigo: "morre o homem, nasce a lenda".
Hoje faz também um ano da morte de uma das maiores cantoras que este país já conheceu: Sylvinha Araújo. Pode parecer exagero, mas de cada dez discos gravados no Brasil durante os anos 80 e 90 do século XX, a voz de Sylvinha se faz presente, nos chamados back vocais (coro), passando por vários estilos: do sertanejo ao popular, do pop ao religioso (no CD Sol Nascente Sol Poente de Pe. Zezinho ela canta em "Para sempre te Amarei" e na "Canção de Matrimônio"). O último CD dela traz uma gravação exclusiva e inusitada: pela primeira (e acredito que seja a única) vez um padre (Antônio Maria) e um pastor (Marcelo Crivela) unem as vozes para falar de fé na canção "A Luz do Senhor". O disco é belíssimo, mas como foi uma produção independente (saiu pelo selo Number One Music) não foi executado nas emissoras de rádio e TV, infelizmente. O registro de sua voz ficou eternizada para amigos, familiares e seus inúmeros fãs. Sylvinha era casada com Eduardo Araújo, ambos se conheceram em pleno movimento da Jovem Guarda. Viveram um bonito casamento de mais de 39 anos e tiveram 2 filhos. A cantora não resistiu a um câncer de mama, que lutava contra ele há 12 anos.
No último dia 24, foi a vez de relembrar a morte de Leandro (da dupla Leandro e Leonardo). A história dos meninos pobres de Goiânia que viviam do plantio de tomates e que aos poucos foram conquistando as paradas de sucessos com músicas como "Pense em Mim" e "Entre Tapas e Beijos" foi tragicamente interrompida por um câncer que encurtou a carreira de Leandro que fazia a segunda voz da dupla. Em questão de meses, os fãs acompanharam o tratamento do câncer de Leandro, mas não foi possível curar o cantor. O irmão Leonardo segue carreira-solo até hoje, mas nunca deixa de lembrar a falta que faz a companhia do tímido irmão, mesmo passados 11 anos de seu desaparecimento.
Não é fácil, e provavelmente, nunca será lidar com a morte, e muito menos com o luto daqueles que ficam. Hoje, por exemplo, pensei muito na situação de Eduardo Araújo, viúvo de Sylvinha, um anos depois que ele viu pela última vez a mulher que amou e conviveu por mais de 40 anos. Não é fácil, imagine superar essa dor, mesmo sabendo que a morte em casos como o dela e o de Leandro é um alívio diante do sofrimento causado por uma doença como o câncer. Talvez porque não seja verdade que ninguém é insubstituível, ninguém ocupa o lugar que foi de outra pessoa, por isso fazemos tanta falta quando morremos. A dor do luto é profunda demais para cicatrizar e às vezes nunca cicatriza. Sabendo que não somos imortais, todos nós temos uma certeza: um dia, não sabemos quando, nem como, seguiremos o mesmo caminho de Michael Jackson, de Sylvinha, e de Leandro... Faz parte da condição humana: ser mortal. Completar um ciclo que aprendemos na escola como o Ciclo da Vida: nascer, crescer, reproduzir, envelhecer, morrer.
A morte tem significados diferentes para culturas diferentes. O viés religioso passa necessariamente pela forma como compreendemos o fim da vida. A filosofia não possuí respostas certas para questões como por exemplo: "por que nascemos", "por que morremos", "o que acontece após a morte". Cada religião têm a sua explicação e a partir da fé pessoal de cada um, surgem maneiras diversas de ver e conviver com a morte. Biblicamente falando lembro do versículo que diz que "o salário do pecado é a morte (c.f. Rm 6,23). Para Santo Agostinho, a morte era a esperada volta da criatura (homem) ao seu criador (Deus) por isso ansiosamente aguardada por ele. Frei Betto faz uma comparação interessante em seu livro (Catecismo Popular, Editora Ática), quando nascemos todos riem e nós choramos, quando morremos todos choram e nos rimos porque estamos fazendo o caminho de volta ao Pai.
Recomendo a todos orações pelos nossos irmãos e irmãs falecidos, especialmente aqueles citados neste artigo.
* O autor é historiador, professor da rede pública de ensino, escritor; membro da Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista.
ANIVERSARIANTES DO MÊS - novembro
03 - Anderson Guilherme (8ªA)
04 - Alef Pereira (1°A)
07 - Ewerton de Andrade (1°B)
08 - Maria Gabriella (7ªA)
08 - Nicolas José (7ªA)
08 - Tawan Job (8ªA)
11 - Ítalo Henrique (1°A)
14 - Erika de Carvalho (8ªA)
14 - Nitelma Fernanda (2°A)
16 - Artur Bezerra (1°B)
16 - Cássio Ravelle (1°A)
16 - Heloísa Carolina (8ªA)
17 - Carlos Alberto (1°B)
18 - Kassandra Santos (1°A)
20 - Andrezza Paula (1°A)
22 - Yasmim Duarte (1°B)
28 - Alana Marques (1°B)
29 - Ana Karla (7ªA)
30 - Luana Cristina (1°B)
Aos nossos(as) aniversariantes do mês seguem nossos sinceros votos de paz, saúde e felicidade. Que eles possam aproveitar a vida em sua plenitude e consigam realizar todos os seus sonhos e projetos. Que façam da vida o maior e melhor presente que Deus lhes concedeu.
Prof° José Ricardo
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