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⚙️ Hoje, em pleno dia dos trabalhadores, me pergunto, afinal o que temos a comemorar? Passados 78 anos da criação de C.L.T. (Consolidação das Leis do Trabalho) pelo então presidente Getúlio Vargas, 132 da criação do dia dos trabalhadores, e 135 dos protestos que resultaram na prisão, condenação e mortes de Albert Parsons, Michel Schwab, Oscar Need, George Engel, Louis Lingg, Adolf Fischer, August Spies e San Fielden, os mártires de Chicago que lutaram bravamente contra a exploração dos trabalhadores, fica uma importante e urgente reflexão: qual a atual situação em que se encontra o trabalhador brasileiro em plena pandemia no começo da década de 20 do século XXI?
A situação não poderia estar pior. A crise econômica provocada pelo avanço da pandemia foi a desculpa perfeita para estender a precarização das relações trabalhistas, pauta dos neoliberais conquistada na reforma trabalhista no governo de Michel Temer (Lei Nº 13.467, de 13 de julho de 2017) e aprofundada nas políticas econômicas de Guedes e Bolsonaro. A lógica perversa do capital que prega que quanto menos direitos, mais oportunidades surgirão, esbarra na realidade cruel de milhões de brasileiros endividados, falidos e rumo à pobreza. O subemprego grassa nas ruas e avenidas, enquanto os meios de comunicação romantizam isso como sendo "empreendedorismo". A prestação de serviços a grandes conglomerados sem nenhuma relação trabalhista (popularmente chamada de uberização) anula ainda mais os parcos direitos que ainda restaram aos trabalhadores.
O fim do imposto sindical, outro ponto perverso da Lei 13.467/2017, foi a pá de cal que faltava para enterrar de vez o movimento sindical brasileiro, que hoje sobrevive à duras penas às custas da contribuição voluntária de alguns associados. Com o atrelamento do sindicalismo à política partidária, algo inevitável e ao mesmo tempo perigoso pelos meandros que costuma levar, acabou por fragilizar ainda mais o movimento sindical. O peleguismo é gritante em alguns sindicatos. E o descrédito da classe trabalhadora em seus representantes é cada vez mais latente.
No cenário atual, pautado pelo avanço das políticas neoliberais e discursos de extrema-direita, urge a necessidade dos sindicatos, sindicalistas, formadores, etc. voltarem às bases e fomentarem um trabalho de conscientização com as massas. Nenhum detalhe pode ser ignorado. Nem mesmo os espaços virtuais. Tudo deve ser (re)conquistado, (re)construído e (re)formulado. Anos de lutas não podem ser jogadas fora apenas por um capricho das elites. Direitos nunca são dados, direitos foram conquistados! E à duras penas! Muitas vezes às custas da própria vida, como no caso dos mártires de Chicago. O recado deixado por Marx e Engels no Manifesto Comunista ainda é bem atual: "Trabalhadores do mundo inteiro, uni-vos; vós não tendes nada a perder a não ser vossos grilhões" 👊👊🏽👊🏿
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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