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⌨️ As redes sociais quando foram criadas tinham como objetivo agregar as pessoas dentro do chamado mundo virtual. E isso, desde os tempos do extinto Orkut com suas nostálgicas comunidades, passando pelo Facebook, Twitter, Instagran, Whatssap, Telegran, e mais recentemente ao Tik Toc. Durante os últimos anos as redes sociais tiveram um papel importante para compreender e dialogar com os comportamentos e pensamentos da chamada pós-modernidade. Acontecimentos históricos importantes como as revoltas da Primavera Árabe de 2010 e as jornadas de junho de 2013 no Brasil, os famosos protestos contra a copa do mundo, mostraram o quanto as redes sociais tem importância no debate sobre a atual conjuntura.
As eleições nos Estados Unidos de 2016 e no Brasil em 2018, com a vitória de Trump e Bolsonaro, respectivamente, provocaram um debate sobre qual é o papel dessas redes sociais no processo político dos países. Ambos os pleitos foram marcados por avalanches de notícias falsas, as chamadas fake news, disseminadas massivamente sobre usuários das redes sociais, atacando adversários e estimulando discursos de ódio, intolerância e animosidade. Com a pandemia do Covid-19 no ano passado, 2020, outra face dantesca se revelou nas redes sociais, desta vez atacando cientistas, pesquisadores, universidades, num movimento articulado contra a vacina e a vacinação. A polarização político-partidária tomou conta das redes sociais, engessando até o debate sobre saúde pública no país. De um lado, defensores de uma medicação inócua, do outro, ardorosos defensores da ciência.
No atual cenário, onde vivemos uma transição forçada e rápida das relações sociais do mundo real para as relações virtuais do mundo digital, disputas ideológicas, partidárias, religiosas, estão migrando das ruas para as telas. Muito se tem reclamado sobre a censura nas redes sociais, seja no Youtube ou no Facebook, só para citar os mais lembrados. E as críticas vem de pessoas de vários espectros ideológicos.
Uma rede social, quando usada continuamente, é mais do que um mero depositário de fotos, frases, memes, etc... Ali tem uma trajetória pessoal, com toda uma carga de historicidade que inclui lembranças e recordações que fazem parte da memória afetiva das pessoas. Quando uma empresa como o Facebook ou o Instagran apagam uma conta dessa, tem muito mais do que postagem partidária envolvida. Tem registros de uma história que se perderão para sempre. É claro que não se pode, nem se deve, usar as redes sociais para estimular ódio ou intolerância, mas a discordância é necessária, e faz parte de um regime democrático. Várias pessoas tem sido penalizadas, perdendo suas contas por causa de seus posicionamentos político-partidários, atacados por boots de milícias digitais, que denunciam a conta à plataforma. A sociedade precisa debater isso. É um cenário perigoso que se avizinha. A virtualidade não pode ficar refém de projetos nefastos de poder. A batalha dos algoritmos está apenas começando. O que está em jogo é muito mais do que likes ou fotos coloridas numa tela de celular ou computador. 😧😮😨
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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