🏠 Construído por volta de 1980-1981, o núcleo habitacional Maranguape I constitui-se num dos maiores parques habitacionais construídos pela Companhia de Habitação do Estado de Pernambuco (COHAB) com incentivos do extinto Banco Nacional de Habitação (B.N.H.).
Os primeiros moradores começaram a chegar aproximadamente em finais de agosto de 1982, e encontraram um bairro desprovido de transportes, comércio local e escolas. Quando foi entregue a população ainda faltava concluir a parte hoje denominada “Maranguape 0” (rebatizada de Jardim Maranguape), os apartamentos localizados após o antigo Balaio (atual O Popular) e os embriões localizados na frente do terminal de ônibus.
Os primeiros moradores encontraram dificuldades sem par em relação ao transporte. Eles eram obrigados a deslocarem-se até Rio Doce e daí seguirem para seus respectivos destinos. A primeira empresa de ônibus a servir Maranguape I foi à extinta Nápoles (na época apenas seis veículos na linha). O primeiro terminal de ônibus situava-se onde hoje é a Escola Manoel Gonçalves. É bom lembrar que as Kombi de lotação desempenharam um papel importante como uma alternativa para o transporte de passageiros no sentido Rio Doce – Paulista via Maranguape I. Posteriormente, quando se inaugurou Maranguape II a Empresa Oliveira (também extinta) que servia aquela área autorizou seus ônibus a entrarem na Avenida Brasil, nossa primeira artéria a ser asfaltada até a parte onde hoje se localiza a praça Emílio Russel.
A única escola pública que servia à população era a Escola Professor Arnaldo Carneiro Leão, que atendia aos alunos da 1ª a 8ª série do primeiro grau, porém era insuficiente para atender a todos os estudantes aqui residentes, o que forçava a maior parte a deslocar-se para Paulista, Olinda e Recife. Havia algumas, porém poucas, escolas particulares que atendiam da Alfabetização a 4ª série primária, embora de forma precária.
Tal qual a educação, a falta de um comércio local, obrigava os moradores a dirigirem-se para outras localidades a fim de fazerem suas compras. Algumas vezes se formavam longas filas (de até 60 pessoas) para comprar pão no único depósito que havia, atualmente fechado. O primeiro mercadinho e padaria foram, respectivamente, o Mercadinho Vieira e a Panificadora Serve Bem, localizados na rua 125. Os primeiros moradores de Maranguape I faziam suas compras nas feiras livres de Paulista (sábado) e de Abreu e Lima, quando a linha Paulista - Rio Doce deslocava-se exclusivamente à referida feira, aos domingos. Surgiram duas tentativas de se estabelecerem feiras livres aqui. A primeira, por trás do terminal, resumi-se hoje a um comércio bastante restrito. A segunda, nas proximidades do antigo Balaio, foi mais bem sucedida e a prova disto é que esta área ficou sendo o centro comercial do bairro.
Após a avenida Brasil, foram asfaltadas as avenidas: Manoel Quirino Tavares (onde se localiza o terminal) prosseguindo do girador até o fim dos embriões (depois foi concluída a pavimentação); Nélson Ferreira (que passa em frente ao antigo Balaio), e Colibri (que passa próxima ao Colégio Pernambucano – onde funcionava a Escola Santos Dumont).
Temos assim, em breves escritos, como foi o começo desta gigantesca comunidade. É certo que foi penoso para os nossos pioneiros moradores viverem nos primeiros anos de Maranguape I; foram muitas as adversidades a serem vencidas, obstáculos a serem transpostos, mas Maranguape I ultrapassou a todos eles e hoje se orgulha de ser uma das comunidades mais adiantadas do município do Paulista. 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo🖋️ professor e historiador.
👉 Para saber mais sobre a cidade do Paulista, onde está localizado o bairro de Maranguape I, acesse o meu site:
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